Área desmatada encontrada durante a operação. — Foto: PF PA
Um indígena e fazendeiros são investigados pela Polícia Federal (PF) por um suposto esquema de desmatamento para venda de madeira ilegal no Pará.
Uma operação, denominada “Sonho Distante 3″, foi deflagrada nesta terça-feira (25/5) para investigar crimes ambientais na Terra Indígena Kayapó (T.I. Kayapó), no município São Félix do Xingu, sudoeste do estado.
Os nomes das pessoas investigadas não foram divulgados pela PF.
Segundo a PF, os agentes estiveram em um garimpo clandestino de ouro inoperante, mas que estava em funcionamento há poucos dias atrás.
Os policiais federais informaram que ninguém foi encontrado no local, mas uma caminhonete, duas caixas de coleta de ouro e cinco carotes de combustível foram destruídos.
Em seguida, os agentes encontraram uma “serraria clandestina” instalada dentro da T.I. Kayapó, na mesma região do garimpo.
Atividade ilegal
Segundo dados levantados pelo sistema Planet, cerca de 68 hectares de floresta teriam sido derrubadas pelos madeireiros ao redor da serraria, sendo 13 hectares de áreas completamente desmatadas e 55 hectares de áreas em processo de desmatamento.
Um trator de rodas, duas estruturas de apoio, motores, serras e diversos outros instrumentos utilizados na prática criminosa foram encontrados e destruídos pelos agentes.
Ninguém foi preso na ação, mas, de acordo com a PF, duas pessoas foram identificadas como sendo responsáveis pelos crimes e responderão a inquérito policial.
“Foi identificada a participação de uma liderança indígena na atividade criminosa, além do possível fomento da atividade por parte de grandes fazendeiros locais, os quais estariam comprando madeira de lei, cuja extração e comercialização é proibida”, completou a corporação.
As ações fazem parte dos preparativos para a desintrusão da T.I. Kayapó, determinada pelo Ministro do Supremo Tribunal (STF), Luis Roberto Barroso.
A TI vem passando por ações federais de combate a crimes ilegais. No último mês de maio, foram três áreas de garimpo fechadas dentro da área de proteção ambiental.
As informações são do G1 Pará.