Menu

PF não aponta culpados por incêndios em Alter do Chão, no PA, e pede arquivamento de inquérito

Continua após a publicidade

A Polícia Federal concluiu que não é possível apontar a autoria dos incêndios na Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará, e pede o arquivamento do caso. O relatório sobre o inquérito policial aberto para apurar o caso foi enviado à Justiça e ao Ministério Público Federal (MPF) para análise.

As queimadas ocorreram em setembro de 2019 e tiveram repercussão internacional. À época, quatro brigadistas chegaram a ser presos, por dois dias, suspeitos de provocar o fogo para se beneficiar da doação de dinheiro destinado ao combate às chamas.

Os brigadistas chegaram a ser apontados, pelo delegado de Polícia Civil Waldir Freire Cardoso, como responsáveis pelas queimadas, mas negaram as acusações e foram autorizados pela Justiça a morar em São Paulo, perto de suas famílias.

De acordo com relatório do inquérito, que já foi concluído, o delegado de Polícia Federal, Raphael Soares Astini disse que “existem indícios que apontam para origem humana como causa do início do fogo”, mas que “apesar de todos os esforços empreendidos, nenhum resultou em uma definição significativamente clara de autoria, e que efetivamente não existe elemento que comprove a ação de algum dos investigados para ocorrência do incêndio”.

O relatório finaliza pedindo o arquivamento do inquérito policial. A Polícia Federal disse, por meio de assessoria, que não vai se pronunciar oficialmente sobre o mérito das apurações.

Retomada das investigações

Ainda em 2019, o Ministério Público do Pará (MPPA) pediu mais investigações sobre os incêndios em Alter do Chão. Cinco promotores pediram acesso aos registros telefônicos de testemunhas que teriam apontado a suposta participação de quatro brigadistas nas queimadas para saber se a localização delas coincide com as datas declaradas nos depoimentos.

O MP quis também saber se a Polícia tinha dados de localização dos brigadistas no dia dos incêndios, o que, segundo o MP, não consta no inquérito concluído em dezembro.

O Ministério Público requisitou ainda uma série de laudos e perícias que teriam sido feitas pela polícia e que não estão no inquérito e que a Polícia Civil ouça depoimentos de cinco testemunhas indicadas pela defesa dos brigadistas.

O inquérito que indiciou os quatro integrantes da Brigada de Incêndio de Alter do Chão, por crime contra unidade de conservação e associação criminosa, foi então devolvido à Polícia Civil, por decisão da Justiça.

A Polícia Civil do Pará retomou as investigações e, até então, ainda não divulgou detalhes sobre as diligências que feitas em atendimento ao pedido do MP.

Fonte: G1 Santarém

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido.