O piloto Antônio Sena, que passou 36 dias desaparecido após um pouso forçado no meio da floresta, na região do rio Paru, em Almeirim, conseguiu outro feito. Uma semana após ter sido resgatado, ele voltou à área onde aconteceu o acidente.
Durante um sobrevôo que tinha como única referência as coordenadas de uma foto tirada poucos minutos após a queda da aeronave, feito com a ajuda de um piloto, amigo da familia, Toninho conseguiu localizar os destroços do Cessna 210, prefixo PT-IRJ, na manhã do último sábado (13)
A descoberta foi compartilhada nas redes sociais de Antônio Sena e do piloto Erik Jennings. Veja o vídeo:
A aeronave que Toninho pilotava desapareceu no dia 28 de janeiro pós decolar de Alenquer em direção a um garimpo, onde ele deveria deixar um carga de mantimentos. Em entrevistas concedidas a vários veículos de comunicaçao, ele relatou que o avião sofreu uma pane e o obigou a fazer um pouso forçado.
“A aeronave parou (de funcionar). Como eu vinha voando baixo em três mil metros e ali tinha serra de dois mil metros e um pouco mais, o tempo que eu tive foi de tentar reacender (o avião) e não consegui. Como eu não consegui, já fui buscando local para pouso. Fui encontrando um vale, desviando das árvores maiores até que consegui pousar em um valezinho no meio de duas serras”, recordou Antônio Sena.
Toninho relatou que, nas semanas em que ficou perdido, após os poucos suprimentos que conseguiu salvar terem se acabado, se alimentava de pequenas frutas e bebia a água dos rios. Depois de 36 dias, mais precisamente na tarde de 6 de março, ele encontrou um acampamento de coletores de castanha-do-Pará.
O grupo, liderado por dona Maria Jorge, o acolheu e conseguiu entrar em contato com a família dele, que no seguinte conseguiu chegar à área onde o avião havia caído e passar as coordenadas para o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), do Governo do Pará, que o resgatou.
A viagem em busca dos destroços do avião também reservou outro momento de grande emoção para Toninho Sena, que fez questão de voltar à comunidade onde vivem os castanheiros e também dona Maria Jorge, para agradecer pessoalmente pela acolhida que recebeu após as quase sete semanas em que viveu o maior drama e a maior experiência de sua vida.
Fonte: Giro Portal