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Polícia Civil de Rurópolis investiga caso de ‘golpe do Pix agendado’ e faz alerta à população

O golpe registrado em Rurópolis foi aplicado por mulher. Ela é cantora e se recusa a ser notificada para prestar esclarecimentos no inquérito policial.

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A Polícia Civil de Rurópolis, sudoeste do Pará, está investigando crime de estelionato praticado sob modalidade conhecida como “Golpe do Pix Agendado”, que já está se tornando rotina nos grandes centros urbanos.

O golpe acontece quando o suposto cliente chega a restaurantes, lojas de conveniência, distribuidoras de bebidas e até salão de beleza, ganha a confiança do vendedor, por já ter quitado o que consumiu em outras ocasiões, mas sempre de pequenos valores, até realizar uma compra de produtos com valores elevados e ao ficar na posse do bem desaparece, deixando o vendedor com grande prejuízo.

Segundo o delegado de Polícia Civil de Rurópolis, Ariosnaldo da Silva Vital Filho, um inquérito policial foi instaurado para apurar a prática de crime estelionato em uma distribuidora de bebidas do município. O proprietário do estabelecimento acabou vendendo produtos no valor de R$ 1 mil a uma mulher, que após ganhar sua confiança como cliente afirmava que o pagamento teria sido agendado mediante pix para cair na conta da distribuidora no mesmo dia da compra.

Mas o pagamento não ocorreu, e após várias tentativas de contato com a cliente, ela passou a não visualizar e nem responder as mensagens encaminhadas pelo dono da distribuidora.

De acordo com a Polícia Civil a mulher já foi identificada, inclusive já há outro boletim de ocorrência de novembro de 2022 denunciando um empréstimo de R$ 800. Nesse caso, a mulher conseguiu a confiança da vítima alegando que precisava do valor para uma emergência e que no outro dia devolveria. Mas quando o credor começou a cobrar o valor, ela passou a não responder mais as mensagens, inclusive bloqueando o contato no aplicativo de WhatsApp.

“Os autores desse golpe se aproveitam da popularidade do Pix para enganar as vítimas comprando produtos sem realmente efetuar o pagamento e usando comprovantes bancários falsos. O agendamento, em si, não configura golpe, por isso que o credor deve ficar atento à negociação”, explicou o delegado Ariosnaldo Vital Filho.

A Polícia Civil explica como funciona o golpe e como se prevenir:

  1. A vítima passa o valor de pagamento e a chave Pix para o golpista;
  2. O criminoso, agindo de má fé, após ganhar a confiança do credor agenda o pagamento para horas ou dias depois e cancela a transferência;
  3. O golpista envia o comprovante de agendamento alterado por meio de ferramentas de edição de imagens, fazendo a vítima acreditar que o pagamento foi efetuado;
  4. E o grande prejuízo é que o produto ou serviço é entregue ao golpista, mas o vendedor não recebe o valor acordado.

O delegado orienta que os comerciantes busquem sempre referências do cliente e por se tratar de uma transação instantânea, sempre confiram o saldo e desconfiem caso o Pix demore a cair em suas contas bancárias, e somente entreguem os produtos ou serviços após a confirmação de que o valor acordado foi de fato transferido.

“O golpe do Pix agendado configura crime de estelionato, por isso, é necessário fazer um boletim de ocorrência para início das investigações, o que inclusive pode resultar na prisão preventiva dos golpistas”, explicou o delegado Ariosnaldo Vital Filho.

Sobre o caso registrado no município de Rurópolis, a Polícia Civil informou que a suspeita já foi identificada e está tomando as medidas legais cabíveis em favor das vítimas, pois mesmo buscando contato com a mulher cuja a profissão é cantora, ela se recusa a ser notificada para prestar esclarecimentos no inquérito policial.

O crime de estelionato tem pena de reclusão de 1 a 5 anos.

Fonte: G1 Santarém

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