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Polícia Civil orienta veranistas que pretendem alugar imóveis neste fim de ano

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Com a continuidade da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, a recomendação dos órgãos de saúde, para quem deseja aproveitar as festas de fim de ano, é de que as pessoas continuem em casa e evitem aglomerações. Mas, apesar dessa orientação, a procura por imóveis no interior do Estado para o período é grande e, junto com ela, a demanda crescente de criminosos que se aproveitam do descuido dos turistas para aplicar golpes com aluguéis de imóveis.

Somente este ano, a Delegacia de Estelionato e outras fraudes (DEOF), vinculada a Divisão de Investigação de Operações Especiais – (DIOE), já registrou 500 ocorrências deste tipo. A cada 10 dias, quase 20 pessoas se tornam vítimas. O crime pode ser evitado, segundo o titular da DEOF, delegado Ivens Carvalho Monteiro.

“É preciso desconfiar de preços baixos. É uma forma de atrair vítimas. É preciso desconfiar de quem exige rapidez no pagamento, dizendo que têm outras pessoas interessadas, dizendo que esse preço é só até aquele dia. Exija o documento da propriedade e do proprietário, compare os dados e veja se a pessoa é quem ela diz ser”, alertou.

Contratos, fotos e documentos de água e energia, que eram sinônimos de garantia e segurança, hoje são facilmente falsificados. Segundo o delegado, é preciso tomar cuidado com os sites de compra e venda, já que o acesso a esses espaços virtuais é facilitado pelas plataformas. Prática que ajuda estelionatários a conseguir vítimas facilmente. A recomendação é dar preferência para corretoras e a velha prática da referência é sempre válida.

“São comuns os casos de pessoas que encontram imóveis em sites de classificados ou em redes sociais, veem as fotos, depositam o dinheiro na conta de uma pessoa mesmo sem visitar o imóvel em função do preço que geralmente é muito abaixo do mercado. Feito o depósito, quando a pessoa se dirige até o local para começar o período de locação, a vítima descobre que o imóvel está vazio ou ocupado por pessoas que alugaram de forma legal.”, disse o delegado Ivens Carvalho Monteiro.

Cuidados na prática:

Pesquisa – Desconfie de preços abaixo do praticado no mercado. Sites de vendas e redes sociais nem sempre são um bom negócio. Dê preferência para locar de pessoas conhecidas ou com boas referências. Guarde todas as conversas e comprovantes. Redobre a atenção quando o telefone do locatário for de outro Estado. Se o anunciante se recusar a receber visita para conferir a casa, não faça negócio.

Visita – Se for possível visitar o imóvel, a recomendação é que o primeiro contato seja feito em um local público. Exija documentos do proprietário e da propriedade e compare os dados. Caso a visita ocorra, dê a preferência para o horário comercial e sempre faça a visita acompanhado.

Pagamento – Não deposite nenhum valor financeiro antes de ter todas as garantias que a transação é legal. Desconfie se a conta bancária for de uma terceira pessoa ou se a agência for de fora do Estado. A consulta deste tipo de informação é facilitada na internet.

Para quem trabalha dentro da legalidade, esse tipo de crime prejudica a imagem da categoria e até dificulta a relação com os turistas. Cristina Moreira aluga imóveis na cidade de Salinópolis há seis anos. Ela diz que casos de estelionatos cresceram muito ao longo dos anos e são comuns no período de veraneio: “Para quem tem de fato casas para alugar, fica desacreditado. Eu sou o tipo da pessoa que dou o máximo de informações aos clientes. Eu dou garantias, mostro minhas redes sociais, por exemplo. Eu já vi pessoas que vieram até a Salinas para passar o réveillon e tiveram que voltar para a cidade de origem por causa de golpe”, finalizou.

Fonte: Agência Pará

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