Os flagrantes foram registrados nesta quinta-feira (23/10), durante uma operação conjunta em Anapu, no sudoeste do Pará. A ação contou com a participação de policiais do Departamento de Operações Estratégicas (DIOE), da Polícia Científica do Pará e de equipes da Equatorial Energia.
De acordo com a polícia, quatro empresários foram conduzidos à delegacia após os flagrantes. A primeira ocorrência foi registrada em uma madeireira em pleno funcionamento. Segundo a perícia, o local possuía uma ligação direta que isolava o medidor, impedindo o registro do consumo real de energia. O volume furtado seria suficiente para abastecer cerca de 100 residências por um mês.
O segundo flagrante ocorreu em outra madeireira. Peritos constataram uma ligação direta na rede de baixa tensão, que alimentava simultaneamente o galpão industrial e imóveis residenciais pertencentes à mesma família — uma espécie de rede clandestina particular, que sobrecarregava o sistema e causava quedas de tensão na área ao redor. Um desvio de energia suficiente para alimentar mais de 100 casas populares.
Furtar energia é crime, previsto no artigo 155, §3º do Código Penal Brasileiro, com pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa. Além de ilegal, a prática é perigosa, podendo provocar choques elétricos, incêndios e sobrecarga na rede, o que impacta diretamente o custo da energia para todos os consumidores.
Após os flagrantes nas madeireiras, as equipes prosseguiram com as fiscalizações e localizaram uma nova ligação clandestina, desta vez abastecendo uma movelaria e oficinas de veículos. O esquema era semelhante ao identificado anteriormente: uma ligação direta na rede de baixa tensão desviava energia para os empreendimentos privados.
Segundo a perícia, o volume de energia furtado era suficiente para abastecer aproximadamente 150 residências durante um mês. Os responsáveis foram autuados em flagrante por furto e encaminhados à delegacia.
