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Polícia prende supostos envolvidos em mortes por conflitos de terra na fazenda onde ocorreu Chacina de Pau D’Arco, no PA

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A operação Gênesis da Polícia Civil prendeu dois homens que respondem a processos por diversos crimes na região da fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no sudeste do Pará, local onde, em 2017, dez trabalhadores rurais foram mortos no caso conhecido como Chacina de Pau D’Arco. Um dos presos é acusado de atuar como grileiro e responde por homicídio e tentativa de homicídio e o segundo por estelionato, porte ilegal de arma, ameaça e invasão de propriedade. Uma arma e munições foram apreendidas.

Segundo a Polícia, esta foi a primeira fase da operação, coordenada pela Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção (Deca), que visa combater crimes resultantes de conflitos agrários, entre eles homicídios na região.

O delegado Antônio Bororó Júnior informou que, no último dia 22, a Justiça Criminal de Redenção deferiu três mandados de prisão preventiva de envolvidos em crimes. As ordens, segundo ele, resultaram de investigações na região da fazenda.

Na terça-feira (27), o delegado recebeu uma denúncia sobre um possível homicídio e, no local, os policiais constataram a morte por arma de fogo de Célio Alves da Silva, que era conhecido pelo apelido de “Cinturão Verde”. Segundo a Polícia, a vítimas foi morta com tiros nas costas e na cabeça e era uma das três pessoas que estavam com mandado decretado. Na ação, três pessoas foram presas.

Em relação à morte de Célio Silva, a polícia instaurou um inquérito policial para apurar a autoria do crime. Segundo as investigações, tanto os presos quanto a vítima Célio seriam grileiros.

Os presos foram conduzidos para Redenção, onde permanecem recolhidos à disposição da Justiça.

Entenda o que foi a Chacina em Pau D’Arco

Deflagrada em 24 de maio, a reintegração da Fazenda Santa Lúcia foi autorizada pela Vara Agrária de Redenção (PA), que expediu mandados de prisão e de buscas e apreensões contra os posseiros, com base na denúncia de que estariam envolvidos na morte de um segurança da fazenda e em outros crimes.

Os policiais envolvidos disseram ter sido recebidos a tiros pelos posseiros, mas, um mês e meio após o início das investigações, a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e a Polícia Civil anunciaram que os laudos periciais apontam que não houve confronto. Os exames balísticos indicaram também que alguns dos sem-terra foram executados. Nenhum policial foi ferido.

Os peritos ouviram 5 testemunhas e 24 dos 29 policiais envolvidos. Cada detalhe das versões relatadas pelos policiais e pelas testemunhas sobreviventes foi reproduzido individualmente e de forma isolada. Os fatos das duas versões foram narrados aos peritos que depois repassaram para um grupo de atores simularem as ações, explica o perito criminal federal e professor IPOG na área de Ciências Forenses e Perícia Criminal Jesus Antônio Velho, que coordenou a perícia de reprodução simulada.

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