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Policiais da Rotam são presos acusados de tortura e estupro de jovem em Ananindeua

A vítima diz que teve a cabeça enrolada com plástico enquanto era estuprada

Foto: Agência Pará
Foto: Agência Pará
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Três policiais do Batalhão de Polícia Tática (BPOT), mais conhecido como Rotam da Polícia Militar do Pará, foram presos na tarde desta terça-feira, 21, após serem acusados de estuprar e torturar uma jovem, de 18 anos, dentro de sua própria casa em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.

O caso ocorreu no dia 13 de julho deste ano. A vítima procurou a Polícia Civil no mesmo dia para denunciar o caso e foi encaminhada para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para fazer exame de corpo de delito. 

O laudo médico apontou que há prova da materialidade do crime e indícios suficientes de estupro. O exame mostrou que houve fissura no ânus da vítima e também foi encontrado vestígios de esperma de um dos policiais, um tenente da Rotam. 

Para tentar identificar os policiais envolvidos no caso, a divisão de inteligência da Corregedoria da PM rastreou a viatura que estava próximo da casa da vítima no dia informado. Após a localização, a Corregedoria conseguiu identificar o nome dos policias que estavam trabalhando na viatura. 

As fotos dos policiais foram mostradas para a vítima, que reconheceu imediatamente os três acusados de entrar na residência. A jovem também apontou o tenente como sendo o PM que cometeu o crime de estupro. 

Segundo a vítima de apenas 18 anos, os outros dois policiais enrolaram sua cabeça com plástico. A tortura teria como objetivo fazer com que a jovem, que quase desmaiou, confessasse que seu companheiro era traficante. 

A autoridade encarregada do caso requereu a busca e apreensão dos aparelhos celulares utilizados pelos policias e o afastamento de sigilo de dados telefônicos para obter outros elementos de prova necessários às investigações. 

Os três policias tiveram sua prisão preventiva decretada nesta terça e o processo corre em segredo de justiça. A vítima atualmente encontra-se no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), após receber ameaças de morte por ter denunciado o caso.

Fonte: Portal Roma News

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