A Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou na terça-feira (21) uma portaria prorrogando a restrição de uso da Terra Indigena Ituna Itatá por 3 anos. A área fica localizada nas cidades de Altamira e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará.
Com a portaria está proibido a permanência e a entrada de pessoas que não fazem parte do quadro de servidores da Funai e de pessoas que não sejam indígenas. Pessoas que não se enquadrem nesse grupo podem ser consideradas invasoras.
Estudos indicam que na Terra Indigena Ituna Itatá há grupos indígenas em isolamento voluntário. Essa área sofre com invasões desde 2019 e é uma das terras mais devastadas do país.
Recentemente forças de segurança tiveram que atuar dentro da terra indígena, por meio da Operação Guardiões do Bioma, para combater a prática de crimes ambientais, como o desmatamento e garimpos clandestinos.
Desmatamento na TI Ituna Itatá
Entre 2018 e 2019, a TI Ituna Itatá teve 119,92 km² desmatados, sendo a mais desmatada do país naquele período, segundo o Inpe.
De acordo com a Polícia Federal, em nota, “boa parte do desmatamento é resultado da extração de ouro, feita com máquinas pesadas como balsas, dragas, pás carregadeiras e escavadeiras hidráulicas, equipamentos que deixam rastro de destruição”.
Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que a Funai renovasse uma portaria de restrição de uso que protege a Terra Indígena Ituna Itatá.
Fonte: G1 PA