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Postos de combustíveis clandestinos fechados pelo Ibama abasteciam máquinas para desmatamento na região de Altamira

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Os postos de combustíveis clandestinos, que foram autuados e embargados pelos agentes do Ibama na tarde de quinta-feira, 16, no município de Senador José Porfírio, região do Xingu no Pará, serviam como ponto de abastecimento de máquinas pesadas, usadas para desmatamento na região, de acordo com informações do Ibama.

Foi a primeira operação realizada pelo Grupo de Controle de Desmatamento da Amazônia (GCDA) do Ibama em 2020, que resultou na apreensão de 5 mil litros de combustível clandestino e na aplicação de dois autos de infração, que totalizam R$ 250 mil.

Os estabelecimentos já vinham sendo investigados pelo Ibama e funcionavam em locais de difícil acesso, justamente para viabilizar o abastecimento de tratores, escavadeiras, entre outros maquinários pesados, usados para destruir a floresta local. A vila, onde os postos foram localizados fica a 70 quilômetros de Altamira.

Cerca de 13% do desmate na Amazônia ocorre na região de Altamira, de acordo com dados do Ibama. O município paraense integra o arco do desmatamento, faixa territorial que concentra os maiores índices de destruição da floresta, que se estende do oeste do Maranhão ao Acre, passando por Pará, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.

Os dois postos foram embargados no primeiro dia da operação e os responsáveis foram autuados por fazer funcionar atividade potencialmente poluidora sem licença da autoridade ambiental competente. Porém, o Ibama não divulgou os nomes dos proprietários dos postos clandestinos.

Após o embargo, os empresários mobilizaram um grupo de pessoas para bloquear o acesso de saída da vila Mocotó, zona rural de Senador José Porfírio. Essas pessoas incendiaram a ponte para impedir que a equipe de fiscalização deixasse o local com o combustível apreendido e também derrubaram árvores sobre os postes de energia, que causaram a interrupção da energia elétrica no local.

Os agentes ficaram impedidos de voltar à Altamira por longas horas, até que o comando da Polícia Militar na região do Xingu, conseguiu enviar viaturas com mais militares, que ajudaram a fazer a escolta dos agentes ambientais.

O GCDA teve participação da Polícia Militar do Pará, Corpo de Bombeiros, Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Força Tática da PM em Altamira.

O Corpo de Bombeiros informou, que devido a estrada ter sido bloqueada, as equipes da PM, CBMPA e Ibama “tiveram que pegar outro trajeto, mas pela madrugada conseguiram chegar ao município de Altamira”.

Com informações do Portal Roma News, Ibama e Corpo de Bombeiros

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