O custo de vida dos paraenses, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (Dieese-Pa), continua entre os maiores do país. Grande parte desta alta, tem sido puxada pelo item alimentação. No mês passado, por exemplo, a cesta básica dos paraenses custou R$ 486,50 comprometendo metade do atual salário mínimo.
Os aumentos verificados na alimentação dos paraenses não estão restritos apenas aos itens que compõem a cesta básica. Outros produtos de cunho alimentar também tiveram altas expressivas este ano, entre eles, o frango que, nos primeiros 11 meses deste ano, apresentou alta acumulada bem superior a inflação.
O Dieese pesquisa semanalmente os preços do quilo do frango (resfriado e congelado) comercializados nas maiores redes de supermercados da capital paraense. No caso do frango resfriado, as pesquisas mostram que o produto, em dezembro do ano passado, estava sendo comercializado em média a R$ 7,43 o quilo. Em janeiro deste ano, foi vendido em média a R$ 7,66; em outubro, a R$ 8,36; e no mês passado, com nova alta, foi comercializado em média a R$ 8,96. Com isso, o preço do produto teve reajuste de 7,18% em novembro, em relação ao mês anterior. Entretanto, nos 11 primeiros meses deste ano, a alta acumulada no preço do produto foi bem superior a inflação alcançando quase 21,00%, contra uma inflação de 3,93% (INPC/IBGE).
No caso do frango congelado, as pesquisas do Dieese mostram também altas expressivas neste ano. O produto, por exemplo, foi comercializado em média a R$ 6,67, em dezembro do ano passado. No início deste ano foi vendido em média a R$ 6,89; em outubro custava em média R$ 7,87, e no mês passado manteve o preço médio e foi comercializado a R$ 7,87. Com isso o reajuste acumulado no preço do produto em 2020 alcançou cerca de 18,00% contra uma inflação de 3,93% (INPC/IBGE).
Fonte: Dieese/Pa