A pandemia afastou pacientes de câncer de pele de consultórios e ambulatórios em todo país, comprometendo o diagnóstico da doença e, consequentemente, o tratamento precoce. Em 2019, foram 210.032 pedidos de biópsias para detecção do câncer de pele, entre janeiro e setembro. Em 2020, no mesmo período, foram 109.525, 48% a menos. Os dados foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), como um alerta à população. No Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram registrados 671 casos de câncer de pele no ano de 2019, enquanto que no ano de 2020 foram computados 456 casos.
De acordo com o tipo de célula afetada, o câncer de pele pode ser dividido em melanomas e carcinomas, também chamados de não melanoma, cada um com características diferentes. Nos Carcinomas, as áreas mais comuns são as mais expostas ao sol, como pescoço, rosto, orelhas, couro cabeludo e ombros é o mais frequente no Brasil e o menos letal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se 176.930 novos casos da doença em 2020 no país, já no Pará esse número corresponde a 1.660 casos.
Com origem nos melanócitos, células produtoras de melanina ( substância que determina a cor da pele ) o melanoma é tipo o mais grave de câncer de pele, pois tem altas chances de disseminação para outros órgãos, a chamada metástase, podendo ser fatal. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 8.450 novos casos de melanoma para este ano de 2020, dentro deste número, 50 ocorrerão entre os paraenses.
Mas, fique atento, pois esse tipo de câncer varia muito na aparência, alguns podem mostrar todas as alterações, enquanto outros podem ter apenas uma ou duas características incomuns. “É muito importante que ao perceber os sintomas as pessoas procurem o dermatologista, para que o profissional faça o diagnóstico e indique o tratamento correto”, completou Regina Carneiro.