Nesta sexta-feira, 6, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, vem a Belém para acompanhar os conflitos que envolvem indígenas e garimpeiros. Os procuradores do estado vão repassar um relatório detalhado da situação e mostrar como a PGR pode auxiliar na solução.
Em abril, a cacique da aldeia Karimaa, Juma Xipaia, denunciou a invasão de garimpeiros, que chegaram em balsas. Ela relatou em uma publicação em suas redes sociais, que os invasores usaram de violência contra o seu pai, que registrava a movimentação com um celular
“Estamos com muito medo. Estou aqui para morrer do coração. Muito aflita porque não sei o que vai acontecer com meus parentes”, disse ela.
Cinco homens e dois adolescentes chegaram a ser presos e apreendidos, mas foram soltos no mesmo dia. As lideranças locais pediram que a segurança na região seja reforçada.
Conflitos também têm sido relatados na terra Yanomami, em Roraima. Na semana passada, um representante indígena denunciou que uma adolescente yanomami teria sido estuprada por garimpeiros e morta. Além disso, uma segunda criança estaria desaparecida.
Nos últimos dias, após relatos de desaparecimento da aldeia de onde as crianças seriam provenientes, cresceu um apelo nas redes sociais: “Cadê os Yanomami”
Um representante do Ministério Público Federal (MPF) participou de diligências nos dias 27 e 28 de abril, depois dos primeiros relatos, e indicou a necessidade de aprofundar as investigações. A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF acompanha os trabalhos.
“Esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não só os indígenas, mas toda a a sociedade receba essas respostas”, afirma Aras
Fonte: Roma News