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Produtores de cacau do Pará visitam cooperativas de café no Sul de Minas

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De acordo com dados do o IBGE, o Pará tem 30 mil propriedades rurais que produzem cacau. O fruto se espalha por quase 1,250 milhão de km² – área maior do que a soma dos territórios da Itália, da Alemanha e da França. 

Esta dimensão territorial, porém, dificulta o escoamento da produção, o que tem motivado cacauicultores a reunirem-se em cooperativas para facilitar tanto a compra coletiva de insumos quanto a comercialização das amêndoas (pese-se o fato, ainda, de que boa parte dos cacauicultores concentrarem-se na região da Transamazônica). 

Foi isso que motivou a missão técnica CacauCoop Pará 2024 a visitar cooperativas de café no Sul de Minas. Para conhecer melhor bons exemplos de cooperativismo, um grupo de  30 pessoas, de 12 cooperativas de cacau de diferentes regiões do Pará, viajou ao estado sob o comando da CocoaAction Brasil, iniciativa público-privada pré-competitiva, e da OCB-PA Organização das Cooperativas Brasileiras – Pará).

Nos encontros, os participantes conversam com gerentes de todas as áreas da Coomap (Cooperativa Mista Agropecuária de Paraguaçu), e visitam dois produtores cooperados. O destaque dessas visitas foi a solução criada para agilizar o transporte de implementos, com adaptações feitas para motos. Segundo os  visitantes, a ideia poderia ser praticada no cacau, aumentando a eficiência e diminuindo a demanda por mão de obra. 

O segundo ponto de parada foi a Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), maior cooperativa de cafés do mundo, com 19 mil cooperados – muitos deles, pequenos produtores. A comitiva trocou experiências com o presidente, Carlos Augusto de Melo, e o vice, Osvaldo Bachião, que detalharam a trajetória da Cooxupé. A caravana também visitou o Complexo Japy, que concentra as operações de armazenagem dos grãos, rebenefício e estufagem de contêineres para exportação.

Um dos principais ensinamentos, segundo Ney Ralison, presidente da Coopercau (Cooperativa dos Produtores de Cacau e Desenvolvimento Agrícola da Amazônia) foi a importância de ter uma equipe responsável pela assistência técnica rural e a oferta de benefícios atrativos para fidelizar cooperados. Para o grupo, também, aspectos como gestão profissional, com objetivos e caminhos claros, e departamento técnico organizado foram destacados. 

A missão CacauCoop Pará 2024 teve o apoio dos órgãos IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Solidaridad, rede mundial que busca contribuir para estratégias globais de organização, e GIZ, empresa estatal alemã para cooperação técnica que atua no Brasil na promoção do desenvolvimento sustentável. 

Fonte: Café Point

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