Nesta quarta-feira, 4, a partir das 9h, professores aprovados fora das vagas no Concurso Público C-173, promovido em 2018 pela Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), protestam contra a não nomeação de milhares de contratações de temporários; além de um suposto e desvio de função no órgão. Segundo os organizadores do ato, as provas foram colhidas do Portal da Transparência e da própria Folha de Pagamento do governo estadual.
A manifestação está marcada para a frente à Casa Civil, onde os concursados pretendem ser recebidos pelo governador Helder Barbalho. O grupo reivindica a imediata nomeação de todos os concursados, em substituição aos temporários contratados desde fevereiro deste ano, pela secretária Leila Freire.
“Já reunimos com diversos deputados estaduais, denunciando as contradições deste governo que, durante a campanha garantia que faria as nomeações de concursados”, declarou José Emílio Almeida, presidente da Associação dos Concursados do Pará. “Todos sabem que essas contratações de temporários servem apenas para beneficiar políticos da base de apoio ao governador”, complementa.
Entre os deputados estaduais que já manifestaram apoio aos concursados estão, as deputadas Marinor Brito, Michele Begot, Nilce Pinheiro e Heloisa Guimarães e os deputados Thiago Araújo, Orlando Lobato. Os deputados se comprometeram a pedir uma reunião com o governador.
Para o professor de História Herom Rodrigues, também aprovado no concurso, “o governo alega que não há amparo legal para chamar os aprovados além do número de vargas da Seduc, por não haver, no edital de certame, previsão do cadastro reserva. No entanto, o argumento oficial já não tem mais sustentação, pois chamaram os aprovados além do número de vagas do concurso da Susipe, que também não prevê cadastro reserva.
Conforme estudo feito pela Associação dos Concursados do Pará (Asconpa), há uma grande quantidade de professores contratados desempenhando desvio de função, em vários municípios paraenses. Pelo menos 10 professores de matemática, efetivos e temporários, estão ministrando aulas de física.
O grupo fará ainda um abaixo-assinado à Ordem dos Advogados do Brasi (OAB), pedindo que a entidade também apoie o movimento. “Temos que envolver todas as instituições sérias do nosso Estado”, sugere o professor de física Augusto Cardoso. “A luta por nomeação seguirá através da Justiça e nas ruas”, anuncia o professor de História Vinicius Mendes.
Fonte: Portal Roma News
