Um projeto que surgiu através de uma interação entre parentes e amigos que gostam de futebol e que hoje é considerado o maior projeto social da região Transamazônica e Xingu. Estamos falando do “Bom de Bola, 10 na Escola”, que em 2021, está completando 28 anos de existência, e que já transformou a vida de muitas pessoas que já passaram pelo projeto.
“Aqui Bom de Bola não significa ser um craque de futebol, mas sim, saber respeitar o colega, conhecer as regras, ter disciplinas, ter respeito, isso que é ser um Bom de Bola. E o que é ser 10 na Escola? Não significa aquele aluno que tira 10 todo o tempo, nós gostaríamos que tirasse sempre 10, mas pra nós é aquele aluno que passe a respeitar desde o porteiro, dar um bom dia a ele, respeitar o professor, respeitar papai e mamãe, fazer as atividades, cumprir com as tarefas dele e no final do ano ser aprovado com uma boa média e um bom conceito de comportamento”, explicou João Vieira de Mello Neto, conhecido como Janjão, presidente do Instituto.
Criado em 1993, o Projeto “Bom de Bola, 10 na Escola” atende hoje mais 450 crianças e adolescentes na faixa etária de 07 aos 17 anos. As ações são desenvolvidas todos os sábados pela manhã nas dependências do Xingu Praia Clube, sob a coordenação de Janjão e seus três filhos. Além de contar com apoio de alguns voluntários que atuam como instrutores.
Em 2016, o projeto se transformou no Instituto Janjão. Durante esses anos, mais de 6 mil crianças já frequentaram o projeto, e hoje atuam na cidade nas mais diversas profissões, como o empresário altamirense e atual presidente do Xingu Praia Clube, Artur Covre, que foi um dos primeiros alunos a frequentar a escolinha, no início da década de 90. “Eu fui um aluno da escola do Janjão com 9 anos de idade, e eu hoje estar na presidência do Clube e ver essas crianças aqui, estou feliz e mais feliz ainda por estar sendo agraciado com essa medalha de Honra ao Mérito concedia pelo Janjão, que é um ser humano ícone em Altamira”, disse o ex-aluno.
Claiton Júnior, é pai de dois filhos que atualmente participam do projeto. Pra ele, o Bom de Bola, 10 na Escola, é uma oportunidade de mudar a mente das crianças para um mundo melhor e menos violento. “Percebendo a situação do Brasil, onde a violência tem se alastrado, então esse projeto veio para tirar a maioria desses jovens de um futuro talvez bem ruim. Aqui eles se ocupam fazendo algo de bom. Então a gente agradece a vinda desse projeto, que tem ocupado a mente desses jovens”, disse.
Para celebrar os 28 anos de existência, o Instituto Janjão promoveu na manhã do último sábado 24, uma programação especial no Xingu Praia Clube, com direito a bolo e parabéns, cantado pela Banda do 51º Batalhão de Infantaria de Selva – (51º BIS). O evento que reuniu dezenas de alunos, ex-alunos, pais, autoridades locais e até mesmo três conselheiros tutelares, marcou a retomada das atividades que estavam há mais de um ano, suspensas devido a pandemia do novo coronavírus. “A gente fica muito feliz em ver que tem pessoas que se preocupam com o futuro da nossa juventude. Aqui nós estamos vendo bastante crianças todas animadas e nós ficamos felizes com isso”, disse a Conselheira Tutelar, Cleudiná Dourado.
Além do presidente do Xingu Praia Clube, Artur Covre, o jornalista Wilson Soares, um dos responsáveis pelo sistema WD Comunicações, também foi agraciado com uma medalha de Honra ao Mérito do Instituto, pelos trabalhos de mídia que tem feito em prol do projeto “Bom de Bola, 10 na Escola”. “Pra mim é uma honra, poder ser agraciado por um projeto social tão importante como esse, que visa resgatar valores e responsabilidade dessas crianças que hoje tanto necessitam”, disse Wilson Soares.
Para o presidente do Instituto, João Vieira, o projeto tem como principal objetivo deixar um legado social para o município de Altamira. “Estamos completando 28 anos de um projeto e de um legado que queremos deixar pra Altamira e para a sociedade. Reconhecemos o apoio incondicional do Xingu Praia Clube, porque sabemos do compromisso Social que o Clube tem, utilizando o futebol como uma transformação social, com objetivo de passar valores”, concluiu Janjão.
A Voz do Xingu