Com os números positivos e sinônimo de melhoria na qualidade de vida das populações ribeirinhas, a coordenação do Barco-Hospital Papa Francisco tem planos para ampliar o projeto, que completou um ano de inauguração na região, com implantação de mais dois hospitais flutuantes, que homenageariam mais dois papas e atenderiam outras regiões da Amazônia.
Atendimentos de saúde feitos pelas equipes do Barco-Hospital Papa Francisco — Foto: Diocese de Óbidos/Divulgação
O Barco-Hospital Papa Francisco realizou em um ano cerca de 45 mil atendimentos diversos na área da saúde. “Os mais carentes têm um acesso à saúde e atendimento médico pelo SUS, tudo gratuito. A população ribeirinha não necessariamente precisa vir para o centro da cidade, pois podem ser atendidos onde moram. Muitas pessoas, principalmente idosos, também foram atendidos”, avaliou Dom Bernardo Johannes Bahlmann, bispo diocesano.
Ações social e de saúde do baroc-hospital Papa Francisco durante a pandemia — Foto: Vanessa Farinassi Ezequiel/Arquivo Pessoal
Estrutura hospitalar adaptável
O Hospital Flutuante possui 32 metros de comprimento e comporta consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria, além de equipamentos para exames, como raio-X, ultrassom, mamógrafo, esteira ergométrica e eletro.
Voluntário durante missão do Barco Hospital Papa Francisco — Foto: Arquivo pessoal
As equipes do “Papa Francisco” também atuam na prevenção e diagnóstico precoce do câncer, além de triagem para pesquisas, em parceria com as universidades, nas patologias de maior incidência na região.
Projeto ao pontífice
A ideia de construir o barco-hospital surgiu após a participação do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, realizada no Brasil em 2013. O pontífice mostrou preocupação com a carência de assistência em saúde para as populações ribeirinhas da imensa Amazônia.
Bispo de Óbidos durante reunião com o Papa Francisco para apresentação de projeto do barco-hospital — Foto: Diocese de Óbidos
Em novembro de 2018, o bispo da Diocese de Óbidos, Dom Bernardo Johannes Bahlmann visitou Papa Francisco para apresentar o projeto. A visita ocorreu em Roma.
A embarcação foi projetada para levar assistência médica a locais mais isolados, acessíveis por vias fluviais. Ela foi construída em Fortaleza (CE), de onde partiu para Belém, no Pará, depois Santarém, Óbidos e Juruti, onde teve uma inauguração simbólica.
*Com informações da Canção Nova