A Promotora de Justiça Renata Valéria Cardoso, titular da 5ª Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais, Ações Constitucionais, Defesa da Probidade Administrativa e Fazenda Pública de Altamira, foi premiada com três prêmios distintos concedidos pelo Ministério Público do Estado do Pará, em reconhecimento ao seu trabalho desenvolvido no município de Altamira, sudoeste do Pará. Os resultados foram divulgados no dia 3 de novembro e a cerimônia de premiação ocorreu no dia 24 de novembro, no II Congresso Nacional do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus), em Foz do Iguaçu, no Paraná.
No prestigiado Prêmio Arthemis Leite, a Promotora conquistou o 3º lugar na área cível, enquanto no Prêmio Fabrício Couto, obteve o 2º lugar na área criminal. A consagração máxima veio com o 1º lugar no Prêmio Promotora de Justiça “Symone Morhy De Siqueira Mendes Lauria” Práticas Exitosas, que reconheceu a excepcionalidade do projeto “Rosas do Xingu – Sozinhas somos pétalas e juntas somos rosas.”
Sobre o Projeto “Rosas do Xingu”
Iniciado em outubro de 2022, o projeto visa acompanhar e monitorar políticas públicas voltadas para mulheres em tratamento contra o câncer no município de Altamira. Para além disso, a iniciativa concentra-se em resgatar a autoestima e promover a saúde física e mental das mulheres enfrentando essa desafiadora batalha.
Participantes do projeto Rosas do Xingu
A Promotora de Justiça Renata Cardoso, idealizadora do projeto, identificou uma demanda expressiva de mulheres em tratamento oncológico em busca do apoio do Ministério Público do Estado do Pará. A dificuldade no acesso aos serviços públicos de saúde na região motivou a criação do projeto, que beneficiou 65 mulheres com idades entre 40 e 80 anos, de baixa escolaridade e renda.
A seleção das participantes seguiu critérios rigorosos, abrangendo a residência tanto na área urbana quanto rural do município e a realização do tratamento oncológico. A inspiração para o projeto surgiu da observação da promotora sobre a recorrência de demandas relacionadas aos direitos fundamentais, especialmente no acesso à saúde.
Renata Cardoso destaca que os atrasos nos atendimentos e a omissão do Poder Público diante das necessidades urgentes dessas mulheres são frequentes. As informações levadas à Promotoria revelaram obstáculos como impacto na autoestima e desafios no tratamento, como a dificuldade de deslocamento para a capital ou Santarém, além da falta de uma casa de apoio.
As mulheres beneficiadas expressaram não apenas a esperança renovada, mas também um sentimento de união e apoio mútuo ao compartilharem suas experiências no âmbito do projeto “Rosas do Xingu.” O trabalho desenvolvido busca oferecer suporte, orientação e um espaço seguro para que essas mulheres enfrentem os desafios do câncer, percebendo que não estão sozinhas nesse processo, que, por natureza, é demorado e doloroso.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu
