As ações federais de repressão ao garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, avançaram ontem pelo segundo dia, com a destruição de todos os equipamentos encontrados pelos agentes da Operação Uiara. Ao menos 31 balsas e 69 dragas, que são os equipamentos usados para sugar o leito do rio, já foram destruídas pela operação, que reúne agentes de Polícia Federal, Ibama, Marinha e Aeronáutica. As informações foram divulgadas pela Agência Estado.
O objetivo é inviabilizar o maquinário utilizado para a prática do crime ambiental. O prejuízo financeiro causado aos donos dos equipamentos acaba retardando os planos dos empresários do garimpo de retomarem as operações.
As balsas em si são baratas, por se tratar de estruturas feitas, basicamente, de madeira. O maquinário colocado sobre elas, porém, é equipamento pesado, com preço que pode oscilar de R$ 50 mil a R$ 1 milhão. Em alguns casos, estruturas mais bem equipadas chegam a ultrapassar esse valor, segundo os agentes policiais.
Neste domingo, duas pessoas foram detidas durante a abordagem policial. Elas estavam com ouro e foram encaminhadas à superintendência da Polícia Federal do Amazonas, em Manaus. A operação policial começou na madrugada do sábado. Depois de dezenas de abordagens feitas na região de Autazes e Nova Olinda do Norte, no Estado do Amazonas. A Operação Uiara, batizada com a palavra que tem origem na língua tupi e significa “mãe da água”, segue para o trecho do rio que corta o município amazonense de Borba.
Ao abordarem a balsa, peritos da PF colheram itens pessoais deixados pelos garimpeiros e material retirado pelas dragas.
Fonte: O Liberal