O caso de Gabriela Lopes que foi assassinada dentro da própria casa no bairro Novo Horizonte, em Pacajá, sudoeste do Pará, chocou e revoltou a comunidade pela brutalidade. Ela estava sozinha em casa quando teve a residência invadida no meio da noite da última segunda-feira, 11. Sem roupa e com sinais de estrangulamento e abuso sexual, o corpo da adolescente foi encontrado pela irmã, na manhã da terça-feira, 12, dia em que completaria 17 anos.
Gabriela Lopes de Andrade nasceu em 12 de setembro de 2006 e morava com o pai e a irmã mais velha. Estudante da Escola Municipal 10 de Maio, a adolescente era muito querida pelos amigos, que após o crime brutal, fizeram uma manifestação para pedir justiça na quarta-feira, 13. “A impunidade é quem rega a violência” foi a frase usada como lema do protesto que saiu às ruas da cidade.
Investigação
Cláudio Sobrinho, conhecido como o “Grande”, e Francisco Eurivam Gomes da Silva, que atende pelos apelidos de “Dez” e “Sal”, foram presos pela Polícia Civil, na quinta-feira, 14, suspeitos de envolvimento na morte e estupro da adolescente. Em entrevista, o delegado do caso disse que informações foram levantadas e depoimentos de testemunhas foram colhidos para que a investigação chegasse aos dois homens. “As testemunhas relataram que presenciaram os suspeitos oferecendo um celular. Lá na casa, o autor cometeu o homicídio e subtraiu o celular da vítima e, no dia seguinte, as testemunhas relataram que o viram vendendo o celular”, disse Robson Mendes.
O delegado também explicou a linha de investigação e o que encontraram no local do crime. “A linha de investigação era de que havia grande chance de os autores, ou o autor, não serem do convívio da vítima porque houve arrombamento, a vítima lutou corporalmente com ele, portanto, a vítima também lesionou esse suposto autor ou autores. Próximo a casa, possivelmente antes ou depois do crime um dos autores teria defecado. Achamos um cocô preto, o que sugere para algumas linhas de investigação”, revelou.
O corpo de Gabriela Lopes foi encaminhado para a perícia e houve coleta de material deixado e, ainda de acordo com o delegado Robson, vários vestígios que podem confrontar os vestígios foram colhidos. A Polícia Civil tem o prazo de 30 dias para concluir as investigações e os suspeitos estão à disposição da justiça.
Com informações do Roma News