Vereadores de Altamira, no sudoeste do Pará, ouviram na tarde de quarta-feira, 6, o secretário de saúde do município, Renato Mengoni Júnior, sobre as constantes denúncias feitas pelos funcionários, como a retirada das insalubridades, diminuição dos salários, demissões e falta de equipamentos básicos como EPIs para os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.
Por cerca de duas horas o secretário Renato Mengoni e o Coordenador de Saúde do Município, enfermeiro Ney Carvalho, responderam às perguntas dos parlamentares e afirmaram que parte dessas situações já está sendo resolvida.
Os responsáveis pela saúde do município também fizeram uma explanação, sobre a estrutura que está sendo montada para atender a população nesse período de pandemia. Segundo eles, uma ala com 18 leitos tendo capacidade para até 21, já foi reservada no Hospital Municipal, só para atender a pacientes que apresentem sintomas do vírus. Ainda de acordo com eles, medicamentos e testes rápido estão sendo providenciados, mas com a situação vivenciada no momento no país, está sendo complicado, porque além da falta de produtos no mercado para serem adquiridos, praticamente tudo está sendo vendido baseado no dólar, ou seja, a cada dia os preços dos produtos tem aumentado bastante.
De acordo com Coordenador de Saúde, Ney Carvalho, o município recebeu até o presente momento R$ 652.836,19, (seiscentos e cinquenta e dois mil, oitocentos e trinta e seis reais e dezenove centavos) do Governo Federal para combater o coronavírus, e que esses recursos vão começar a ser aplicados a partir agora. Em relação a prestação de contas desses valores, o Coordenador explicou que foi emitido o Decreto Municipal de nº 1.228, assinado pelo prefeito Domingos Juvenil, no último dia 23 de abril, e que estabelece as normas de como devem ser aplicados os recursos, bem como deve ser a prestação de contas dos valores que forem investidos no combate à pandemia.
Em relação a denúncia feita pela Vereadora Socorro do Carmo, de uma compra no valor de mais de R$ 28 mil, referente a móveis de luxos, e que supostamente teriam sido pagos com recursos do Fundo Municipal de Saúde de Altamira e entregue na casa de uma servidora da secretaria, Renato Mengoni afirmou que já foi aberta uma sindicância, formada por 3 funcionários para apurar o caso.
De acordo com presidente da sindicância, Adilson Anjos, que também se fez presente na reunião com os vereadores, dentro de no máximo 10 dias uteis, a Comissão já terá um parecer final sobre essa denúncia.
Diante das respostas apresentadas pela equipe da Saúde no plenário da Câmara, a maioria dos vereadores resolveu então esperar o parecer final da sindicância que apura a denúncia da suposta compra, para decidir se vão dar prosseguimento ou não na abertura de uma CPI para investigar a Saúde do município.
Texto e Fotos: Wilson Soares – A Voz do Xingu
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