Como resultado de ação estratégica, policiais civis e militares e bombeiros, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Defesa Social (Segup), foi apreendida, na tarde deste sábado (2), uma tonelada de drogas, de skunk – a supermaconha – na área do Arquipélago do Marajó. O entorpecente, que estava distribuído em 850 pacotes e é avaliado em R$ 51 milhões, encontrava-se em uma embarcação que transitava no Rio Aturiá, no município de Breves. Ele foi apresentado no Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), em Belém, neste domingo (3). Essa foi a segunda maior apreensão de drogas do ano, sendo que, somente naquela região, o número chega a nove. Em todo o Pará, seis toneladas de drogas foram apreendidas neste ano.
O secretário adjunto operacional da Segup, Luciano de Oliveira, disse que existe a possibilidade de a droga ter vindo da Colômbia. A ação, segundo ele, vem de um trabalho estratégico, por conta do posicionamento da Base Antônio Lemos, que fica no Rio Tajapuru.
“É uma rota obrigatória de passagem de quem vem do Amazonas para acessar a Região Metropolitana de Belém. (…) Esse posicionamento tem rendido bons resultados. Nosso país faz fronteiras com paísesprodutores, principalmente Colômbia, Bolívia e Peru. Então, a base está posicionada considerando essa geografia. Todas as embarcações que passam ali são fiscalizadas. Dentro dessa estratégia, os nossos policiais observaram um veículo rápido, se acionou o alerta da base e começou uma perseguição”, contou.”
Nessa caçada da Segup pela embarcação, o veículo aquático acabou sendo jogado pelos ocupantes na margem do rio. Os agentes foram atrás dos envolvidos, que são quatro, e até a última atualização desta matéria, nenhum deles tinha sido preso. “Os criminosos, se vendo perseguidos, jogaram a embarcação numa margem e adentraram a mata e abandonaram a embarcação. A perseguição, inclusive, continua com a atuação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que está na área com um grupo de patrulha rural e a gente continua nessa caçada”, comentou.
Para Luciano, a localização da droga é uma “rota usada para quem quer acessar a Região Metropolitana de Belém e permite várias saídas”, como por exemplo, estradas, vias áreas e portos. Em virtude disso, as autoridades acreditam que a capital paraense fosse o destino da droga. “Os traficantes querem chegar num grande centro, para daí, trabalhar as estratégias de distribuição. Por isso chegar em Belém, que possibilita essas várias saídas. Então, a gente tem que trabalhar para evitar, como tem feito, que essa droga chegue aqui (Belém) e uma vez chegando aqui, fica mais difícil de alcançá-la”, falou o secretário adjunto operacional da Segup.
Agora, a droga será encaminhada para perícia e, após a conclusão do inquérito policial, ela será incinerada. As buscas seguem para localizar os homens que faziam o transporte do material ilícito.
Fonte: O Liberal