Altamira entrou na lista das cidades brasileiras que devem ter, em sua rede de ensino municipal, o projeto de Supervisão Militar Educacional – SUME, mais conhecido como escola cívico militar.
Durante recente entrevista coletiva concedida à imprensa local, na SEMED, o atual secretário de Educação do município, Maxcinei Pacheco, comentou sobre as ações já realizadas pela nova gestão para avançar neste projeto, que atenderá demanda de dezenas de pais, civis e militares, em Altamira.
“Nós já tivemos uma primeira reunião presencial, e também uma reunião online com o tenente coronel Leno Márcio Barros do Carmo, de Belém. No início de março, uma equipe técnica de Belém vai estar aqui visitando algumas escolas para definir qual seria a mais adequada para implantarmos esse projeto”.
Para a Polícia Militar, essa é uma oportunidade de somar esforços na “formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres”, em que o ensino se diferencia pela disciplina de alunos e, também, dos profissionais de educação que ali atuam. O Tenente-Coronel Sílvio Araújo, comandante do CPR VIII, com sede em Altamira, também participou da coletiva e falou sobre o assunto.
“O convênio feito entre a prefeitura, com o Estado, por intermédio da Polícia Militar, permite que nós coloquemos os policiais militares na escola para fazer supervisão, e, através desse convênio, há alguns requisitos que a prefeitura e estado têm que cumprir”.
Entre os requisitos, disse o comandante da PM na região, é preciso destinar uma certa porcentagem das vagas para filhos de policiais militares e o outro restante é distribuída entre a comunidade. É importante explicar que os professores e a parte administrativa pertencem à Semed. A Polícia Militar entra no supervisionamento desse ensino.
“Para fazer parte do corpo docente do colégio precisa ter uma qualificação. Esses policiais selecionados também farão curso em Belém para atuar no colégio militar. Então já tem todo um trâmite administrativo e operacional para se concretizar o projeto. Esperamos que o colégio militar em Altamira já esteja finalizado, operacionalmente falando, até o final desse semestre”, afirmou o ten. cel. Silvio Araújo.
O secretário de educação explicou que somente após a visita técnica e definição da escola que sediará o projeto, será possível seguir com as outras 19 ações necessárias para a implementação do ensino, como a elaboração do Plano de Segurança Escolar, elaboração e assinatura do convênio e a criação da lei de remuneração.
O projeto de Supervisão Militar Educacional – SUME, tem como principal objetivo transformar escolas em “espaços seguros”, de cultura de valores cívicos, sociais, éticos e morais e de fomento a uma cultura de paz e de promoção dos direitos humanos. Também atua na prevenção de conflitos, estimulando a convivência pacífica e o exercício da cidadania, combatendo a violência e a criminalidade, integrando as três percepções: formação (família) – escolarização (escola com Supervisão Militar Educacional) – construção do projeto de vida (caminhos de vocação e profissionalização).
Tudo isso é realizado através de um trabalho conjunto e cooperado, entre a PMPA e as comunidades escolares participantes.
É uma iniciativa que agrada a comunidade escolar, principalmente os pais, por ter como destaque a rotina de atividades educacionais com supervisão de militares, agregando mais disciplina à formação de crianças e adolescentes.
Ascom PMA