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Serviço Geológico do Brasil aponta que vazão hídrica no estado do Amazonas reflete cheia recorde em Óbidos, no Pará

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Com a finalização da primeira etapa da medição da vazão do rio Amazonas em Óbidos, no oeste paraense, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) confirmou que os impactos hidrológicos da cheia recorde que está sendo observada no estado do Amazonas em 2021 está impactando na força das águas registradas no Pará.

De acordo com os resultados obtidos, a vazão registrada de 270.392,8 m³ por segundo é considerada a maior da série de dados, desde que o registro é feito com equipamento de medição acústica. Com este valor de vazão poderia ser abastecida uma cidade como São Paulo, em sua necessidade hídrica de um dia, em 15 segundos.

Segundo o técnico em Hidrologia, Manuelson Rodrigues da Silva, o objetivo é gerar dados precisos de cotas e vazão para aprimorar o monitoramento hidrológico. A coleta dos dados foi realizada a uma profundidade média de 55 metros, em um ponto do rio com largura de três quilômetros a uma cota de 8,60 metros. “Com este equipamento, obtém-se a velocidade em cada trecho e a profundidade do rio, o perfil transversal do rio, a vazão líquida, o quanto de água está passando”, explicou.

A medição foi feita no estreito de Óbidos, última localidade no rio Amazonas onde se pode ir de margem a margem, e onde toda a vazão do rio Amazonas, com seus principais afluentes, passa num ponto só e sem os efeitos da maré do Oceano Atlântico. A equipe vai retomar a atividade de campo no dia 06/06.

Marcos Alberto da Silva Machado, técnico em Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, destaca que o monitoramento da cheia nos rios é diário, com ajuda de observadores hidrológicos, e em tempo real através de estações automáticas.

“O registro das vazões, que estamos fazendo, é importante porque não há muitas medições em vazões tão grandes, e também para o estudo da disponibilidade hídrica na região. Além de monitorar in-loco eventos que afetam as comunidades ribeirinhas, aumentam o risco de desbarrancamentos de margens, problemas com saneamento, mobilidade, e para o comércio, com impactos na rotina da região”, afirmou Marcos Alberto.

O Município de Óbidos possui estação de monitoramento que compõem a Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) e operada pelo SGB-CPRM. Na região, também ocorre a influência do aporte de vazão vinda do rio Madeira, maior afluente do rio Amazonas. A cota mais alta atingida, segundo o sistema hidroweb da ANA, é de 8,60 m, em maio de 2009. A cota de alerta em Óbidos, quando o rio começa a extravasar, é de 7,40 m.

Fonte: G1 Santarém

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