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Sespa alerta que mutação do novo coronavírus pode reinfectar quem já teve Covid-19

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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), alerta a população paraense para que mantenha as medidas de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus, apesar do início da vacinação contra a Covid-19. O alerta não é apenas porque muitas pessoas ainda não foram acometidas pela Covid-19, mas também pelo fato de a nova variante do novo coronavírus poder causar uma segunda infecção em quem já foi diagnosticado com a doença.

Com essa informação, o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, enfatizou a necessidade de a população continuar usando máscara, higienizando as mãos e mantendo o distanciamento social. “É importante não relaxar com as medidas preventivas até que toda a população tenha sido vacinada. Ainda temos um longo caminho pela frente”, afirmou.

Segundo a Nota de Alerta emitida pelo Cievs, a nova cepa variante do vírus SARS-CoV-2 foi identificada no dia 06 de janeiro de 2021, pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), do Japão, em quatro viajantes que chegaram a Tóquio provenientes do Estado do Amazonas, e foram detectados no rastreio feito no aeroporto da capital japonesa. De acordo com o NIID, essa variante tem as mesmas mutações relatadas no Reino Unido e na África do Sul, o que implica em maior transmissibilidade do vírus.

Além disso, a Fiocruz Amazônia identificou uma nova cepa variante do SARS-CoV-2 em uma mulher de 29 anos, com sintomas leves, que foi diagnosticada primeiramente em 24 de março de 2020, e em 30 de dezembro de 2020 obteve o segundo resultado positivo para Covid-19 pelo teste RT-PCR.

De acordo com a análise inicial da amostra feita pela Fiocruz, a primeira infecção dessa paciente ocorreu pela cepa que estava circulando no Amazonas no primeiro semestre de 2020, e a reinfecção pela mutação do vírus que havia sido identificada no segundo semestre de 2020. A nova cepa continua circulando no Amazonas.

Uma segunda análise feita pela Fiocruz, com outro método, o resultado mostrou o vírus com mutações compatíveis com a linhagem descrita recentemente pelos pesquisadores do Japão.

Providências – A coordenadora do Cievs, Daniele Nunes, informou que ainda não há nenhum caso confirmado de reinfecção no Pará, porém o Laboratório Central do Estado (Lacen) está encaminhando cepas para o Laboratório de Referência Nacional, que faz a genotipagem do vírus, para identificar os tipos de cepas do novo coronavírus que estão circulando em território paraense.

Além disso, o Cievs está fazendo o monitoramento diário dos pacientes do Amazonas internados no Hospital de Campanha, no Hangar. “Também estamos fazendo pesquisas entres os pacientes internados em outros hospitais por meio dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar”, acrescentou.

Dados e orientações – conforme o último boletim divulgado na quinta-feira (21), o Pará tem 316.176 casos de Covid-19 confirmados, 7.470 óbitos e 295.421 recuperados. Para que esses números parem de crescer é fundamental que todos façam sua parte, adotando as normas preventivas.

Considerando, ainda, o contexto epidemiológico no Amazonas, com intenso fluxo de pessoas para o Estado do Pará, o Cievs orienta as autoridades sanitárias estaduais e municipais a fortalecerem a Vigilância Epidemiológica com as seguintes ações:

• Notificação imediata de casos suspeitos de reinfecção, com relatórios de investigação;

• Preenchimento adequado da ficha de notificação com informações detalhadas dos sinais e sintomas, e identificação da origem do paciente, com o objetivo de detectar mudanças no padrão da doença;

• Rastreamento de contatos de casos suspeitos de reinfecção;

• Atenção dos laboratórios de referências preparados para sequenciamento dos possíveis casos de reinfecção e nova cepa variante da SARS-CoV-2.

Em relação à população, o Cievs reforça as seguintes normas preventivas:

• Manter o distanciamento social;

• Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70%;

• Usar máscaras;

• Não usar adornos (brincos, relógio, pulseiras e colares) para
facilitar a higienização;

• Ficar em casa, só sair se for realmente necessário.

Fonte: Agência Pará

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