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Sespa alerta sistema de saúde contra hepatite desconhecida

Pará não tem casos da doença, mas Nota Técnica prescreve ações preventivas e de combate a enfermidade

Foto: Divulgação
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O Pará não tem casos confirmados da hepatite aguda grave de etiologia desconhecida que vem atingindo cidadãos em vários países, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) nesta quarta-feira (18), mas o órgão acaba de emitir Nota Técnica orientando o sistema estadual para ações de prevenção e combate a ocorrências em território paraense. Abrange procedimentos para identificação de casos suspeitos e para definir o fluxo de notificação e de envio de amostras. “Essa doença ainda não tem causa conhecida. A Sespa informa que não possui casos confirmados da doença no Pará”, reiterou.

De acordo com o documento, em 5 de abril de 2022, o Ponto Focal Nacional do Regulamento Sanitário Internacional do Reino Unido notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre 10 casos de hepatite aguda grave de etiologia desconhecida em crianças menores de 10 anos previamente saudáveis no cinturão central da Escócia. Segundo a OMS, até 10 de maio de 2022, 348 casos de hepatite aguda de etiologia desconhecida foram notificados em 21 países. Dentre esses casos, 26 necessitaram de transplante e ao menos 06 crianças vieram a óbito.

No Brasil, atualmente existem 28 casos em investigação em 07 estados: São Paulo (08), Rio de Janeiro (07), Paraná (03), Minas Gerais (04), Pernambuco (02) e Espírito Santo (02) e Santa Catarina (02). Destes, 13 são considerados casos prováveis, 10 estão aguardando classificação e 05 foram descartados.

A síndrome clínica entre os casos identificados é hepatite aguda (inflamação hepática) com enzimas hepáticas marcadamente elevadas. Muitos casos relataram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos antes da apresentação com hepatite aguda grave, e aumento dos níveis de enzimas hepáticas (aspartate transaminase (AST) ou alanina aminotransaminase (ALT) acima de 500 UI/L) e icterícia. A maioria dos casos não teve febre. Os vírus comuns que causam hepatites virais agudas (vírus da hepatite A, B, C, D e E) não foram detectados em nenhum desses casos. Viagens internacionais ou vínculo com outros países não são considerados como fatores de risco.

O adenovírus foi detectado em pelo menos 74 casos, e do número de casos com informações sobre testes moleculares, 18 foram identificados como F tipo 41. O SARSCoV-2 foi identificado em 20 casos dos que foram testados. Além disso, 19 casos foram detectados com uma coinfecção por Sars-coV-2 e adenovírus. A origem dos casos ainda é desconhecida, sendo que “o adenovírus é uma hipótese possível”.

Embora o adenovírus seja uma hipótese, até o momento, ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico. A infecção por adenovírus tipo 41 não foi previamente associada à hepatite grave em crianças sadias. Os adenovírus são patógenos comuns que geralmente causam infecções autolimitadas.

Em alerta

Dessa forma, a orientação da Sespa é para que todos os serviços públicos e privados de saúde, estejam em alerta para a identificação de pacientes que se enquadrem nas definições de caso utilizadas no momento e realizem a notificação imediata para que a investigação possa ser realizada de forma oportuna.

Em seguida, a Nota Técnica reúne definição de casos; aspectos de notificação; coleta e envio de amostras ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e outras orientações.

Fonte: O Liberal

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