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Suspeitos de atos golpistas e ataque à PRF no Pará estão soltos, diz PF

'Operação 163 Livre' cumpriu seis de 10 mandados de prisão temporária após ataque contra PRF, que tentava desbloquear via em Novo Progresso. Todos foram liberados sem precisar pagar fiança.

Agentes federais cumprem mandados contra grupo que atacou PRF em ponto de bloqueio na BR-163 — Foto: PF/Divulgação
Agentes federais cumprem mandados contra grupo que atacou PRF em ponto de bloqueio na BR-163 — Foto: PF/Divulgação
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As seis pessoas presas em novembro suspeitas de envolvimento em ataques contra a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Pará foram liberadas. Todos foram soltos cinco dias após a prisão, sem necessidade de fiança, confirmou a Polícia Federal (PF) a nossa reportagem nesta terça-feira (13). Eles seguem sob investigação e respondem em liberdade.

Outros quatro mandados de prisão não chegaram a ser cumpridos e devem expirar em dezembro (saiba mais abaixo).

Os inquéritos envolvendo os bloqueios de rodovias federais no Pará após as eleições seguem em investigação e tramitam sob segredo de Justiça, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos no sudoeste do Pará em 24 de novembro durante a Operação 163 Livre, contra suspeitos de participarem de bloqueios em rodovias e de um confronto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-163 em Novo Progresso, cidade paraense que mais deu votos a Jair Bolsonaro no segundo turno: quase 83%.

O trecho da rodovia na cidade foi um dos locais que ficou mais tempo bloqueada por participantes de atos antidemocráticos. Em 7 de novembro, bolsonaristas atacaram agentes da PRF.

Houve disparos de armas de fogo e de rojões. Os policiais também foram atacados com pedradas, e viaturas foram atingidas com tiros. Os ataques ocorreram na BR-163, uma das rodovias paraenses bloqueadas por apoiadores do atual presidente contrários ao resultado do segundo turno das eleições. A Polícia Federal instaurou inquérito sobre o caso.

Na cidade, uma árvore centenária chegou a ser derrubada para bloquear a rodovia federal. A investigação sobre a derrubada da árvore em risco de extinção também corre sob sigilo.

Armas, celulares e computadores apreendidos

Dos 10 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento no ataque, seis foram cumpridos, e os presos foram levados para a Polícia Federal em Santarém.

No entanto, as prisões temporárias não foram convertidas em preventivas pela Justiça e os presos foram liberados em 29 de novembro, sem necessidade de fiança, segundo informações da Polícia Federal. As identidades e idades dos presos não foram divulgadas, nem o que teriam alegado durante a prisão.

As outras quatro pessoas alvo dos mandados de prisão não foram localizadas. Um dos mandados já expirou e os demais expiram em dezembro, segundo a PF, que não detalhou o andamento das investigações, nem o que deve ser feito em relação aos investigados.

Os itens apreendidos no dia da operação estão sendo analisados, entre “smartphones, notebooks, armas de fogo e munições, e cadernos com anotações”, ainda de acordo com a PF.

Entre os crimes apontados na ocasião da prisão, segundo o MPF e a PF estavam “‘a provável existência de associação criminosa voltada para a prática de diversos delitos, dentre eles: constrangimento ilegal; dano qualificado; atentado contra a liberdade de trabalho; desobediência e desacato”.

Fonte: G1 Pará

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