Com a chegada do período chuvoso, os riscos de contaminação por leptospirose aumentam nas áreas alagadas, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). O Pará registrou 102 casos e nove mortes pela doença, em 2019. Belém foi a cidade com maior registro da doença durante o ano passado, com 55 pessoas.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela leptospira, uma bactéria encontrada na urina de roedores, além de cachorros, porcos e cavalos.
As pessoas contraem a leptospirose quando entram em contato com a água contaminada e têm algum ferimento na pele, já que é por meio da pele lesada que a bactéria entra no organismo. A bactéria também pode infectar as vítimas através da mucosa e pele íntegra, quando imersa por muito tempo em ambiente contaminado, e ainda pela ingestão de alimentos ou água contaminados.
A pessoa contaminada apresenta febre, dor de cabeça e dores pelo corpo. É importante que o paciente relate ao médico se manteve contato com áreas alagadas ou ambiente em que há roedores já que os sintomas são semelhantes aos de diversas doenças infecciosas. Em seguida, associa-se mais um sintoma, que pode ser náusea, vômito ou icterícia.
O diagnóstico preciso é através de exames clínicos e de sangue em até 14 dias, por conta da complexidade da doença. “Se o paciente for atendido em até 7 dias depois do contato com a bactéria, o exame laboratorial não será possível detectar. Por isso, é fundamental a observação”, explica a coordenadora estadual de controle da lepstospirose, Zilda Baptista.
Prevenção
A Sespa alerta para as principais medidas preventivas contra a leptospirose. É preciso evitar acúmulo de lixo e água parada, proteger os pés ao andar em áreas alagadas, beber água tratada, não deixar restos de alimentos de animais de estimação disponíveis aos roedores, não consumir alimentos de origem duvidosa ou expostos aos roedores e evitar tomar banho em igarapés, açudes e riachos próximos de áreas infestadas por roedores.
Fonte: G1 Pará