De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 o Pará tinha cerca de 220 mil crianças nas idades entre 0 e 1 ano. Esse dado é o mais recente sobre isso até o momento. Nessa idade, criança necessita receber 18 vacinas que vão imunizar de diversas doenças que podem acometê-la logo no início da vida.
Segundo a pediatra Aranda Haber, o Ministério da Saúde (MS) tem um calendário de vacinação específico para recém-nascidos e crianças, pré-adolescentes e adolescentes, adultos, idosos e, ainda para gestantes. Mas, o alerta é, principalmente, com a saúde dos pequeninos, pois eles são os mais suscetíveis às doenças, já que suas defesas imunológicas ainda não estão bem formadas. Por isso, quanto mais cedo for iniciada a vacinação, mais cedo elas ficarão protegidas.
A médica explica que ao nascer, o bebê traz no sangue muitos anticorpos da mãe, transferidos durante a gravidez. “Eles são importantes para a proteção enquanto o bebê não produz seus próprios anticorpos. Contudo, os anticorpos herdados podem diminuir a efetividade das vacinas. Daí a necessidade de várias doses no primeiro ano de vida”, detalha. “Além disso, a imaturidade do sistema imunológico da criança requer mais imunização para se obter uma boa resposta”.
OBRIGAÇÃO
A especialista alerta ainda para se evitar “Fake News” sobre a vacinação, o que afasta os pais desta importante obrigação, que está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Portanto, mais do que um gesto de amor e cuidado, manter o calendário de imunização dos filhos atualizado é um dever de todo pai ou responsável por um bebê, criança ou adolescente”, reforça a pediatra.
Graças à vacinação, a pediatra afirma que houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado – como a coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, essas doenças podem retornar e se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar. Para que isso seja evitado, todas as vacinas são disponibilizadas pelo MS e encontradas nos postos de saúde de todo o país, conforme o calendário vacinal que anualmente é atualizado.
COMO VACINAR? – Para vacinar, basta levar a criança a um posto ou Unidade Básica de Saúde (UBS) com o cartão da criança. O ideal é que toda dose seja administrada na idade recomendada. Entretanto, se perdeu o prazo para alguma dose é importante voltar à unidade de saúde para atualizar as vacinas. A maioria delas está disponível no Calendário Nacional de Vacinação.
Ao nascer
- BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea) – dose única
- Hepatite B – dose única
2 meses
- Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite) – 1ª dose
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP) (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 1ª dose
- Pneumocócica 10 Valente(previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose
- Rotavírus (previne diarreia por rotavírus) – 1ª dose 3 meses
- Meningocócica C (previne a doença meningocócica C) – 1ª dose.
(Michelle Daniel/Diário do Pará)