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Uruará: Homem é preso após corpo de mulher desaparecida ser encontrado em mala

As investigações indicam que ela foi vítima de feminicídio, possivelmente motivado por ciúmes

A prisão de Wandeilson, localizado na oficina mecânica onde trabalhava, foi realizada pela Polícia Civil do Pará (Divulgação/ PC)
A prisão de Wandeilson, localizado na oficina mecânica onde trabalhava, foi realizada pela Polícia Civil do Pará (Divulgação/ PC)
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Wandeilson de Assis Barbosa, conhecido como “Vandinho”, foi preso nesta quarta-feira (18 setembro) durante a operação “Stalker”, no município de Uruará, sudoeste do Pará. Ele é suspeito do desaparecimento e morte da mineira Karine Gabriele Santos, de 24 anos, que estava desaparecida desde julho deste ano. O corpo de Karine foi encontrado dentro de uma mala, também nesta quarta-feira (18/9), na zona rural de Uruará. As investigações indicam que ela foi vítima de feminicídio, possivelmente motivado por ciúmes. A jovem pode ter sido morta por estrangulamento, uma vez que próximo da mala havia algumas cordas, segundo a polícia.

A prisão de Wandeilson, localizado na oficina mecânica onde trabalhava, foi realizada pela Polícia Civil do Pará, em cumprimento a mandados de prisão temporária e de busca e apreensão relacionados ao caso. Karine vivia em Santo Antônio do Descoberto, município de Goiás, e se mudou para Uruará em junho deste ano, acompanhada de “Vandinho”, que é paraense. Ela deixou um filho de 10 anos e filhas gêmeas.

De acordo com a polícia, Karine foi vista pela última vez em 7 de julho passado, quando supostamente teria saído de Uruará, na versão do suspeito. A investigação começou em 7 de agosto, após o registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) Virtual e, posteriormente, encaminhado à delegacia do município. Segundo a polícia, durante o desaparecimento da jovem, “Vandinho” mandava mensagens para a família de Karine usando o celular dela. Em alguns momentos, “Vandinho” forneceu informações que causaram desconfiança nos familiares e eles, então, procuraram a polícia.

Com informações fornecidas pela família da vítima, a polícia utilizou técnicas de apuração e inteligência que indicaram que o suspeito utilizou o celular da vítima por cerca de um mês após o desaparecimento, enviando mensagens e simulando que ela ainda estava viva. No entanto, a localização informada pelo aparelho e a ausência de mensagens de áudio aumentaram as suspeitas da polícia.

Além disso, um Boletim de Ocorrência registrado por familiares de Karine em Minas Gerais contribuiu com informações relevantes para o caso. Após o deferimento de medidas cautelares judiciais, os investigadores conseguiram refazer os últimos passos da vítima e confirmaram que o suspeito usava o celular dela após a morte.

Durante o cumprimento dos mandados, Wandeilson foi preso e confessou ter levado o corpo da vítima em uma motocicleta até uma área de floresta a cerca de 40 km de Uruará, onde descartou o corpo. No local indicado, os policiais encontraram o cadáver, além de pertences de Karine, como um cartão de crédito, cordas e roupas.

A perícia foi realizada no local pela Polícia Científica e o corpo foi removido para necropsia. Segundo a Polícia Civil, a prisão de Wandeilson foi efetuada com o uso de algemas, devido ao risco de fuga na área de floresta. O suspeito está à disposição da Justiça.

A operação contou com a participação do delegado Leandro Benício e uma equipe de investigadores, com o apoio da Polícia Militar para a preservação da área do crime.

De acordo com o delegado Leandro, a vítima e o suspeito se conheciam há quatro anos, mas estavam juntos desde novembro do ano passado. “Vandinho” já tinha um histórico de violência. “Tinha uma situação recente de agressão. Ela relatou isso em áudio antes desse caso de agora. Ela tinha relatado para uma amiga. Esse áudio já está nos autos [do inquérito policial]. Ele já tinha histórico de violência doméstica lá no estado de Goiás com outra mulher. Ele responde por isso lá”, declarou.

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