O índice de crianças e adolescentes vacinados contra HPV é baixo no Pará. Menos da metade está imunizada, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa). A população de meninas com 9 anos de idade, estimada para vacinar em 2020, era de 505.889, porém a imunização alcançou apenas 203.097, apenas 40% da meta.
O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar câncer de colo de útero, quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no país. A vacina está disponível na rede pública para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos de idade. São duas doses com intervalo de seis meses entre uma e outra.
Vera Bertagnoli, coordenadora de Saúde do Adolescente da Sespa, destaca que a vacina está à disposição nas unidades de saúde, mas que a população resiste a fazer a imunização. “O que nos impede de levantar essa cobertura? Os mitos e a questão cultural. Há muitos medos relacionados à vacinação contra HPV que não são reais”.
“Lembrando que o Pará é um dos estados com maior incidência de câncer de colo de útero, no Brasil, e hoje temos como prevenir, fazemos a campanha pelo programa saúde na escola, nas igrejas, em todos os lugares em que a gente possa sensibilizar a população da importância da vacina”, avalia a coordenadora.
Desde o fim de março, o governo ampliou a vacinação contra o HPV para mulheres com imunossupressão, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, com até 45 anos de idade. Nesses grupos, o risco de desenvolver tipos de câncer associados ao HPV é maior. Seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), são necessárias três doses da vacina e precisa de prescrição médica pra aplicação.
Fonte: G1 Pará