Após iniciar o ano com queda histórica, o mercado de veículos novos do Pará deu fortes sinais de recuperação em fevereiro. Segundo dados divulgados na terça-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o volume de emplacamentos de veículos automotores no Estado registrou alta mensal de 12,82% no segundo mês do ano, revertendo, em parte, a retração acentuada de 47,36% em janeiro.
O levantamento da entidade que representa as concessionárias de veículos, com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), considera todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros). No geral, foram emplacadas no Estado 7.453 unidades, em fevereiro, contra 6.624 no mês anterior.
Se comparado com fevereiro de 2020, quando foram comercializadas 6.829 unidades novas, foi anotada alta de 8,50%. No entanto, no acumulado do primeiro bimestre deste ano, os 14.077 veículos emplacados representam, ainda, uma queda de 4,84% sobre o mesmo período de 2020. Naqueles dois meses foram emplacadas 14.793 unidades – uma diferença de 716 unidades.
O resultado paraense segue na contramão do desempenho nacional, que registrou novo recuo no total de vendas. Foram comercializadas em fevereiro 242.080 unidades, o que representa uma retração de 17,48%, na comparação com fevereiro do ano passado (293.357 unidades). Na comparação com janeiro de 2021 (274.081 unidades), o resultado também foi negativo, representando queda de 11,68%.Já acumulado do primeiro bimestre de 2021, houve queda de 12,78%, com 516.161 unidades emplacadas, contra 591.816 veículos comercializados, no mesmo período do ano passado.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, alguns fatores impactaram, negativamente, na oferta e no mercado de veículos, como a falta de componentes para normalizar a produção e o aumento dos casos da Covid-19. “Na indústria, mesmo com os esforços das montadoras, para aumentar a produção, a falta de disponibilidade de peças e componentes ainda persiste, fazendo com que algumas fábricas tivessem de paralisar, temporariamente, a produção em fevereiro, afetando, de forma importante, a oferta de produtos”, comenta Assumpção Júnior. “Além disso, o aumento dos casos de Covid-19, que provocou o retrocesso da abertura do comércio em várias cidades, também contribuiu para a queda de vendas do mês de fevereiro”, completa.
Fonte: O Liberal