Sthefany Beatriz Costa Oliveira, de apenas 1 ano de idade, está internada no Hospital Municipal de Medicilândia, há 4 dias, com uma forte infecção intestinal e vem apresentado convulsões constantes. A situação é grave e ela precisa ser transferida para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica urgente. O nome dela foi incluso na lista de espera da Regulação da Sespa para o leito no Hospital Regional da Transamazônica, há mais de 30 horas e até agora sequer deram esperança aos familiares.
Desesperada e vendo a hora de perder a filha, a mãe de Sthefany chegou a gravar um vídeo mostrando a situação em que se encontra a criança e fazendo um apelo as autoridades responsáveis pela saúde pública do Estado. (Veja abaixo o vídeo)
A situação da criança, que corre o risco de morrer pela falta de um leito no Regional da Transamazônica, tem causado revolta na população de Medicilândia, principalmente nas redes sociais.
O Portal A Voz do Xingu tentou contato com os órgãos responsáveis pela Saúde pública do Estado, mas até o momento não recebemos nenhum retorno.
SOBRE O REGIONAL DA TRANSAMAZÔNICA
O Hospital Regional da Transamazônica, instalado em Altamira é o único da região com estrutura para receber pacientes em situação de média e alta complexidade. Inaugurado em 2005, o Hospital não consegue atender há muito tempo a demanda da população da região que chega a mais de 500 mil habitantes.
O atual governador do Estado, Helder Barbalho (MDB) chegou a prometer a ampliação em sua campanha no ano de 2018, e chegou a mandar engenheiros para verificar a ampliação, mas o projeto nunca saiu do papel.
Durante a pandemia, foi liberado de forma emergencial recursos do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX) para comprar demais equipamentos de UTI. A empresa Norte Energia, responsável pela construção e operação da Usina Belo Monte também comprou vários equipamentos de UTI para o hospital, mas a situação continua a mesma. Fila de espera por leitos é constante tanto para adulto quanto para criança.
Em 2018, um senhor também de Medicilândia, só conseguiu ser atendido no Hospital Regional da Transamazônica depois que o secretário de saúde daquele município, na época Danilo Lopes, resolveu bloquear a frente da unidade hospitalar. O paciente apresentava crise renal e há cinco meses, aguardava por um leito no regional para fazer uma cirurgia.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu