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Vítima de acidente com torres de transmissão em Pacajá recebe alta

Paciente Waldemir Nascimento
Paciente Waldemir Nascimento
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“Eu nasci de novo”. Foi com essa frase que Waldemir Nascimento, de 25 anos, celebrou sua volta para casa. Ele é o último paciente do acidente com as torres de transmissão em Pacajá, sudoeste do Pará, a receber alta no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT).

A despedida de Waldemir aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (12), após 28 dias de internação na unidade, que pertence ao Governo do Pará, em Altamira.

“Eu não me lembro de como tudo aconteceu, foi muito rápido. Sonhei que meu filho me chamava e acordei. Aí que me dei conta de que estava no hospital. Graças a Deus que recebi um atendimento ótimo aqui e agora posso voltar para casa e encontrar minha família”, comemorou Waldemir.

O paciente deu entrada no HRPT no dia 16 de julho, com politraumatismo, fraturas nas pernas e outras complicações, tudo em decorrência da queda de cerca de 30 metros de uma das torres. Por conta da seriedade dos ferimentos, o quadro de saúde do paciente foi considerado gravíssimo.

Saída do paciente Waldemir Nascimento

Durante a internação, chegou a ser intubado e permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital por cinco dias. Com melhora significativa, ele foi transferido para a clínica cirúrgica do HRPT, até receber alta nesta terça.

Segundo a fisioterapeuta Elays Marinho, apesar da gravidade da queda, as funções articulares das pernas do paciente não foram prejudicadas e em breve ele andará novamente.

“Ele vai para casa com funcionalidade e saúde, mas claro, precisando de reabilitação terapêutica para restabelecer a função motora. A recuperação do Waldemir é o resultado de um trabalho intenso de toda a equipe multiprofissional”, ressalta.

Acompanhante do irmão, Valdelice Nascimento, de 25 anos, conta que recebeu a notícia com muita preocupação, mas que tinha muita fé na recuperação dele. “Meu irmão teve uma segunda chance, ele nasceu de novo. Desde o primeiro dia, ele foi muito bem cuidado, a equipe sempre se prontificou a cuidar dele com muita atenção e cuidado”, afirma.

Na saída do hospital, o paciente recebeu uma salva de palmas de toda a equipe que prestou assistência durante o período de internação.

Agilidade no atendimento

No dia do acidente, o Regional da Transamazônica precisou ativar o plano de contingência para atender as três vítimas da queda que foram encaminhadas ao hospital. A triagem rápida dos pacientes foi imprescindível para identificar os traumas e lesões dos feridos e garantir atendimento rápido.

De acordo com Fábio Pinheiro, coordenador de Enfermagem do HRPT, assim que informado sobre o acidente, o hospital ativou o protocolo Start (Simples Triagem e Rápido Tratamento), que integra as práticas assistenciais da unidade em situações catastróficas, quando se tem muitas vítimas.

“Organizamos as equipes, preparamos os equipamentos e os leitos para recebê-los. Foi uma verdadeira força-tarefa para avaliar de forma rápida e segura as condições clínicas das vítimas e, assim, conseguimos evitar mortes ou sequelas nos pacientes”, explica o enfermeiro.

Para o secretário de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho, a importância de procedimentos como o Start, permitem que pacientes mais graves ganhem prioridade e sejam atendidos rapidamente. “Dessa forma, é possível aumentar as chances de sucesso e dessa forma salvar mais vidas e evitar possíveis sequelas”, disse.

O Regional da Transamazônica é reconhecido nacionalmente entre os melhores hospitais públicos do Brasil. A unidade possui a certificação ONA 3 – Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). O reconhecimento atesta a qualidade dos serviços prestados à população no interior do Pará.

Texto: Karine Sued (Ascom/HRPT)

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