Nos últimos dias tem sido divulgado nas redes sociais que “o Estado estaria tomando as terras das pessoas que moram na área” do Parque Estadual Monte Alegre (Pema) e Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, localizados em Monte Alegre, no oeste do Pará. Mas, a informação não é verdadeira.
A gestão do Pema e APA, vinculados ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), emitiu nesta quinta-feira (16) uma nota de esclarecimento onde ressalta que essas “notícias” são um “grande equívoco” e “essa falácia tem gerado transtornos, como a danificação de placas e crimes ambientais”, que estão sendo cometidos na área.
Segundo a nota, os crimes estão sendo investigados pela Polícia Civil. Já que o Parque é uma área protegida por lei e atentar contra a fauna, flora e sítios arqueológicos fica sujeito a penalidades de multa e detenção.
Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, em Monte Alegre, no PA — Foto: Agência Pará/Divulgação
A nota esclarece ainda que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um documento de regularização ambiental de imóveis rurais, que não comprova posse ou propriedade de terras. Nos casos em que existam sobreposição entre CAR e o Pema, e o comunitário possua documento que comprove a propriedade da área, deve apresentá-lo a gestão do Parque ou acionar a justiça.
Em 2013, as áreas referentes às Unidades de Conservação Pema e APA tiveram seus limites territoriais redefinidos. A área do parque foi reduzida e passou a não ter mais nenhuma comunidade dentro dos seus limites.
Cachoeira do Pedral em Monte Alegre faz parte da Área de Proteção Ambiental Paytuna — Foto: Reprodução/Imazon
A direção do Pema finaliza a nota finaliza explicando que na gestão das unidades de conservação “o Estado possui políticas públicas que inclusive podem beneficiar as áreas dos comunitários” e é de “total interesse [do Pema] reunir com as comunidades para que as situações sejam esclarecidas”.
Fonte: G1 Santarém