Após a mais recente relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, foi identificado que o número de pedidos de seguro-desemprego no último ano foi o menor registrado desde 2006. De acordo com o Ministério do Trabalho, a queda é justificada pelo Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), adotado durante a pandemia da covid-19, assim como pela alta taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro, que no último boletim chegou a 40,6%.
De forma geral, em 2021 foram feitos 6.087.576 requerimentos no ano passado, cerca de 10,3% a menos que em 2020 e também o menor número registrado desde 2006. Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, os pedidos de seguro-desemprego são resultado do total de demissões sem justa causa, embora boa parte desses desligamentos tenha sido evitada pela vigência do BEm, que permitiu a preservação de 11,1 milhões de vínculos de trabalho e ficou vigente entre abril a dezembro de 2020 e entre abril a agosto de 2021.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais de 2,1 milhões de trabalhadores estavam com estabilidade provisória no emprego em dezembro do ano passado: “Assim, somando-se os efeitos da retomada da atividade com os da garantia provisória [estabilidade no emprego], tem-se uma menor taxa de demissões sem justa causa, o que enseja uma menor solicitação do benefício. O nível de desligamentos está bem abaixo do registrado em 2016. Com isso, houve a queda na demanda pelo benefício”, disse o ministério em comunicado.
Com informações do G1