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Hemopa registra aumento de 16% na coleta de bolsas de sangue em fevereiro

Mesmo com feriado, período chuvoso e incidência de gripes, doações chegaram a 8.647 em 2022

Foto: Marco Santos / Ag. Pará
Foto: Marco Santos / Ag. Pará
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O mês de março já chega com índices positivos para a coleta de sangue na Fundação Hemopa com o registro de 16% de aumento no número de bolsas de sangue coletadas em fevereiro, se comparado ao mês anterior. Em janeiro, foram coletadas 7.442 bolsas e, o mês de fevereiro fechou com 8.647. A diferença é de 1.205 bolsas de sangue.

Paulo Bezerra, presidente da Fundação Hemopa, destaca as dificuldades de abastecer o estoque nos primeiros meses do ano. “Se não bastasse todo o reflexo de uma pandemia, ainda temos a dificuldade do período chuvoso e incidência de gripes. Esses três fatores já são decisivos para que o número de pessoas diminua nas unidades de coleta de sangue de todo o Pará. Por isso, quando percebemos o aumento de doações a cada semana, a cada mês, é uma vitória!”. 

A iniciativa de caravanas solidárias, parcerias com instituições públicas e privadas, organizações não governamentais, entre outras, são importantes para dar fôlego aos estoques de cada tipagem sanguínea. A doadora Raissa Ribeiro, 25 anos, é enfermeira e professora. Ela entende bem a necessidade de ser uma voluntária da causa não só como doadora, mas também sendo agente mobilizadora. “Estou sempre motivando os meus alunos a virem doar. A gente percebe o quanto é necessário e o quanto a gente pode fazer em prol da vida do outro”. 

Uma bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pacientes internados. Pessoas que lutam contra o câncer e doenças hematológicas, por exemplo, precisam de transfusões, diariamente, como parte do tratamento. Os hospitais de urgência e emergência demandam bolsas de sangue constantemente diante dos índices de acidentes. E ainda é preciso atender as cirurgias eletivas. A necessidade hospitalar é intensa e o atendimento do Hemopa no fornecimento dessas bolsas solicitadas funciona 24horas para todo o Pará. Porém, os estoques precisam estar favoráveis para dar assistência a todas as demandas. 

A diarista Joizilene Santos, 44 anos, compareceu ao Hemopa com mais alguns amigos e familiares porque o cunhado está internado e vai precisar fazer cirurgia. “Se não tiver quem doe sangue para quem está nos hospitais, como fica? A gente tem que se colocar no lugar do outro e assim fica mais fácil de entender. Este é um ato de amor ao próximo que não faz mal a ninguém”, declarou.

A doação de sangue é rápida e simples. Uma bolsa doada pode beneficiar até quatro pacientes na rede hospitalar. 

Para doar sangue, os voluntários precisam seguir os critérios básicos:

•         Ter entre 16 e 69 anos, (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal);

•         Estar bem alimentado;

•         Pesar mais de 50 kg;

•         Estar em boas condições de saúde.

No momento do cadastro é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho).

Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar, só precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias após o último contato. Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantã, são 48 horas de inaptidão para doação, após cada dose. Já as demais vacinas  basta esperar sete dias após cada dose.

É necessário ficar atento também para os sintomas gripais. Quem apresentou qualquer sintoma, deve esperar 15 dias após o fim dos sintomas, se tiver o teste de comprovação que não é Covid-19. Caso não tenha o teste de Covid, deve esperar 30 dias após os sintomas gripais.

Fonte: Agência Pará

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