Depois das denúncias de moradores sobre a turbidez da água no Rio Xingu, a Secretaria Municipal da Gestão do Meio Ambiente- SEMMA fez uma vistoria no igarapé Panelas, área onde o órgão acredita que seja a origem da mudança na coloração da água. A vistoria conclui que o fato ocorreu por causas naturais que foram potencializadas pelo alto índice de chuvas na região.
A vistoria foi realizada nesta quarta-feira (15) após denúncias sobre a coloração da água que apresentava um aspecto barrento, apontado como incomum pelos moradores da região. A equipe que vistoriou o igarapé é formada por um geólogo, um engenheiro ambiental e um engenheiro agrônomo. Eles foram acompanhados pela por agentes de fiscalização do meio ambiente e contaram com o apoio da Norte Energia.
“Conclui-se que a alta coloração e turbidez apresentada na foz do Igarapé Panelas com o Rio Xingu, na data 15 de março de 2022, são consequências naturais potencializadas pelos altos índices de chuva e pela ação antrópica na retirada da cobertura vegetal da bacia hidrográfica do Igarapé ao longo dos anos”, enfatizou a conclusão do relatório.
O documento destacou que, “ação antrópica [humana] na retirada da cobertura vegetal da bacia hidrográfica do Igarapé ao logo dos anos” também contribuiu para a coloração da água.
Chuvas na região
De acordo com o site de climatologia que possui um histórico da previsão de tempo do Município de Altamira, no mês de março de 2021, houve uma precipitação média de chuva de 315mm. Já em março de 2022, no período de 2 a 15 do referido mês, ocorreu um acúmulo de 427,6mm de água da chuva.
A Semma informou que fez um levantamento do nível das águas da chuva através do Centro Nacional de Monitoramento de Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), dos últimos três dias, período que a mancha no rio ficou evidente, a analise constatou que no dia 13 houve um acúmulo médio de precipitação de 74,6 mm. Durante a semana o acúmulo foi de 230,8 mm.
Fonte: O Liberal