As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Pará mostraram que, além do tráfico de drogas, a quadrilha de Leonardo Costa Araújo, o Léo 41, tinha se especializado em sequestros-relâmpago com extorsão via Pix. A ação criminosa era feita mediante ao sequestro de motoristas em pardais da BR-101, a Niterói-Manilha. Dessa maneira, Leo 41 bancava a vida luxuosa, com joias, carros, motoaquáticas e muito dinheiro.
Além do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, local onde foi morto na quinta-feira, 23, Leo 41 também tinha negócios no tráfico para o Município de Itaboraí. Foi quando percebeu que em determinado trecho da BR-101, que corta aquele município, os motoristas tinham que reduzir a velocidade para passar em dois pardais que ficam na altura de Duques, segundo a polícia.
No local, os bandidos sequestravam os motoristas, roubavam os carros e tiravam tudo o que podiam deles mediante transferências via Pix, cartão de crédito ou DOC/TED.
Uma das vítimas, que foi alvo em abril de 2021, contou na 71ª DP, em Itaboraí, que após ter feito duas transferências de R$ 3,5 mil e R$ 1,5 mil por Pix, ouviu os bandidos dizerem que era para pegar o cartão de crédito e usar para comprar uísque.
Outro detalhe da tática da quadrilha era manter as vítimas por várias horas em seu poder para esperar que o horário com limite de operações do Pix mudasse. Uma resolução do Banco Central limita as transferências via Pix em R$ 1 mil das 20h às 6h, todos os dias. Oub seja, era comum para a vítima ficar até cinco horas em poder dos bandidos.
A abordagem era feita da seguinte maneira: o carro da vítima era fechado por um outro com três a cinco bandidos, eles pegavam a vítima, a colocava no banco de trás de seu carro e mandava que cobrisse o rosto para que assumissem a direção do veículo.
Com informações do G1