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Justiça condena sete assaltantes de banco que fizeram 150 reféns em Cametá, no PA

Réus foram condenados a mais de 50 anos de prisão. Juiz considerou assalto à agência do Banco do Brasil como o 'maior (...), o mais audacioso (...) e o mais violento (...) crime da região'.

Assaltantes fizeram reféns em Cametá, no Pará. — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Assaltantes fizeram reféns em Cametá, no Pará. — Foto: Reprodução/ Redes sociais
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A Justiça do Pará condenou seis réus e uma ré a mais de 50 anos de prisão em regime inicial fechado pelo assalto com explosão da agência do Banco do Brasil, e morte, em Cametá, no nordeste do Pará.

O crime teve grande repercussão e ocorreu em dezembro de 2020, quando 150 moradores foram feitos reféns, na modalidade de crime conhecida como “Novo Cangaço“.

Uma das cenas que mais marcou o crime foram as vítimas sendo feitas de “escudo humano”. 

A decisão do juiz titular da Vara Criminal de Cametá, Marcio Rebello, foi divulgada nesta terça-feira (4). Os réus foram condenados pelos seguintes crimes:

– roubo majorado,

– restrição da liberdade das vítimas,

– destruição e rompimento de obstáculo mediante emprego de explosivo e de artefato análogos que ocasionaram perigo comum,

– latrocínio consumado,

– associação criminosa

– e porte ilegal de arma de fogo.

Um dos réus, Luis Carlos de Souza Conceição, foi condenado a 57 anos e 6 meses de prisão e 685 dias-multa.

Já os réus Janison Resende de Oliveira da Silva, Marcelo Victor da Encarnação Silva, Adenilson Teles Xavier, Clemilson de Oliveira Santos e Erádio de Paula Dias Filha, e a ré Kelly Thalita Pereira da Silva, foram condenados a 62 anos e 10 meses de prisão, mais 785 dias-multa.

Na decisão, o juiz Rebello destacou que “lamentavelmente o caso talvez represente o maior (…), o mais audacioso (…) e o mais violento (…) crime cometido na história da antes pacata região do Baixo-Tocantins, cuja principal cidade é a histórica e importante Cametá”. Ele também elogiou o trabalho da polícia paraense no caso.

Foram cerca de 10 criminosos, que agiram com armas de guerra de grosso calibre, fazendo centenas de disparos contra a delegacia de Polícia e o quartel da Polícia Militar.

Além disso, mais de 100 pessoas foram usadas como “escudo humano”. O dia do assalto também foi marcado por intenso tiroteio pela cidade.

O assalto foi no dia 1º de dezembro de 2020, por volta das 23h45. As armas era de uso restrito, incluindo fuzis, metralhadoras e pistolas. Primeiro, os criminosos cercaram a Praça da Cultura, no centro da cidade, quando 150 foram feitas reféns.

Em seguida, o grupo explodiu a agência do banco, utilizando dinamites. O objetivo era subtrair o dinheiro dos cofres, ação que levou cerca de 1h20, mas o grupo desistiu empreendendo fuga e nada foi roubado, segundo o governo.

Na fuga, os acusados ainda roubaram um veículo e mataram o refém Alessandro de Jesus Lopes Moraes. Prédios da polícia foram alvo de tiros.

Criciúma e Cametá

Agência do Banco do Brasil é alvo de ação criminosa violenta em Cametá, no Pará — Foto: Reprodução

Um dia antes da ação criminosa em Cametá, a mesma modalidade de crime havia sido registrada em Criciúma (SC). Na cidade catarinense, uma quadrilha também fez ataques pelo município em ação para assaltar uma agência do Banco do Brasil.

Ainda não se sabe quanto foi levado, mas os criminosos deixaram para trás cerca de R$ 810 mil que não conseguiram levar na fuga.

Fonte: G1 Pará

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