A polícia prendeu em flagrante na noite desta terça-feira (16) um homem suspeito da tentativa de homicídio contra o líder indígena Lúcio Tembé. A prisão ocorreu em Tomé-Açu, no nordeste do Pará.
Juscelino Ramos Dias, conhecido por “Passarinho”, foi preso quando se preparava para fugir. O cacique Lúcio Tembé teria discutido com Juscelino, que estaria estimulando o tráfico de drogas na aldeia, informou a polícia.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Rezende, após uma investigação integrada foi possível identificar e localizar o suspeito do crime.
“Com o intenso trabalho das equipes foi possível reunir elementos informativos comprobatórios da autoria do crime, e inclusive a possível motivação, que seria a venda de substâncias ilícitas em terras indígenas, o que não era aceito por Lúcio Tembé”, disse o delegado-geral.
Durante a prisão, a polícia encontrou com Juscelino Ramos Dias cerca de R$ 4 mil. O suspeito foi encaminhado à unidade policial da sede municipal de Tomé-Açu.
O líder indígena Lúcio Tembé é envolvido na causa indígena e na luta por terras no nordeste do Pará. Indígenas relataram que, na madrugada de domingo (14), dois pistoleiros atiraram contra o cacique, que foi alvejado no rosto e foi levado às pressas para atendimento em Unidade de Terapia Intensiva.
O atentado
O cacique do povo Tembé foi alvo de atentado e acabou baleado na cabeça no domingo (14). Lúcio Tembé é uma das principais lideranças do movimento indígena e segue internado com quadro estável e consciente.
O cacique da aldeia Turé-Mariquita foi baleado na madrugada na região conhecida como Quatro Bocas, quando voltava de carro para a aldeia.
“Quando fazia o trajeto, o veículo que o levava atolou e quando este desceu para desatolar, dois homens em uma moto se aproximaram e efetuaram alguns tiros que pegaram na região da sua cabeça”, detalhou a Fepipa.
Em nota nas redes sociais, compartilhada pela secretária dos Povos Indígenas do Pará (Sepi), Puyr Tembé, a Fepipa informou ainda que a suspeita é que o “cacique estava sendo monitorado pelos criminosos” e que ele é “uma das pessoas que são ameaçadas de morte por sua atuação em favor do seu povo”.
Fonte: G1 Pará