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Justiça determina reintegração de fazenda ocupada por 200 famílias em Marabá

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Cerca de 212 famílias do acampamento Dalcídio Jurandir, na fazenda Maria Bonita, em Eldorado do Carajás, localizado às margens da BR-155, a 126 quilômetros de Marabá, devem desocupar a área.

Durante audiência nesta terça-feira (11) presidida pelo juiz da 3ª Vara Agrária de Marabá, Amarildo José Mazutti, ficou definido que a fazenda será reintegrada no próximo dia 17 de setembro. A área estava ocupada desde julho de 2008.

Enquanto a audiência ocorria no salão do júri, centenas de integrantes do MST (Movimento Sem Terra) se concentraram em frente ao Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes.

De acordo com Enivaldo Alves, integrante da direção estadual do MST, a reintegração de posse vai causar um efeito catastrófico para eles, pois a maioria das famílias não tem para onde ir, além do prejuízo econômico para o município de Eldorado do Carajás. “Nós já temos uma responsabilidade na economia do município, que tem 64% da sua renda voltada para a zona rural e nós já temos uma participação hoje de 18% dentro dessa economia”, afirma.

Integrante da coordenação nacional do MST, Poliane Soares, contou que o acampamento por ter uma estrutura de mais de 10 anos é bastante organizado do ponto de vista de produção. “As famílias estão preocupadas em perder tudo que construíram porque tudo foi construído pelas famílias sem auxílio nenhum do estado”.

O advogado Adebral Favacho Junior, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, subseção Marabá, lembra que o papel deles é para que as desocupações aconteçam de acordo como prevê a lei, sem excesso, que seja dado garantia as pessoas que estão sendo retiradas do imóvel. “A gente trabalha para que não haja nenhum tipo de agressão e nem excesso por parte da força policial que está retirando os agricultores que ocupam aquela área, tanto em relação a crianças, como idosos e as demais pessoas que lá estão para que elas possam ter a garantia da sua integridade física e também a destinação para que local, elas vão ser removidas e alojadas”.

FAZENDA

A agropecuária Santa Bárbara, que reivindicava a área é ligada a Daniel Dantas, banqueiro e latifundiário, condenado a mais de 10 anos de prisão e acusado de lavagem de dinheiro evasão de divisas e formação de quadrilha.

 

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