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Enem 2023: Pará tem mais de 229 mil inscritos na prova deste ano

Estado é a 6ª unidade federativa com maior número de inscritos; mais de 60% são mulheres

Candidatos realizarão as provas do Enem nos dias 05 e 12 de novembro. (ADAILTON DAMASCENO/FUTURA PRESS/AE)
Candidatos realizarão as provas do Enem nos dias 05 e 12 de novembro. (ADAILTON DAMASCENO/FUTURA PRESS/AE)
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Neste domingo (05), 3.933.992 candidatos do Brasil devem realizar o primeiro bloco de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O Pará tem 5,83% desse total, com 229.180 candidatos, figurando como a 6ª unidade federativa com o maior número de inscritos. Ano passado, o Pará registrou 199.843 inscrições para o Enem 2022, um aumento de 14,68% em relação à edição deste ano. Em Belém, são 63.319 inscritos.

No recorte por gênero, as mulheres continuam liderando entre os inscritos do Pará com 62,4% em 2023. São 143.040 candidatas, um aumento de 15,35% em relação a 2022, quando 124.002 mulheres estavam inscritas. O número de homens inscritos em 2023 representa 37,6% do total e também aumentou entre os dois anos. Em 2023, são 86.140 inscritos, 13,58% a mais no comparativo com a última edição, quando 75.841 homens estavam aptos para a prova.

Dos participantes de 2023, 74,2% (170.154) são isentos da taxa de inscrição e 25,8% (59.026) a pagaram. Ao todo 133.735 (58,4%) já concluíram o ensino médio. Os concluintes deste ano de 2023 são 60.371 (26,3%). Entre os inscritos, 33.798 (14,7%) são estudantes do 1º ou 2º ano, que vão fazer o Enem com o objetivo de testar conhecimentos. Outros 1.276 (0,6%) também são treineiros, tendo em vista que não cursam nem concluíram o ensino médio.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicará as provas nos dias 5 e 12 de novembro, em 79 municípios paraenses. No estado, são 614 locais de prova e 7.741 salas de aplicação.

Sonhos de uma vida

Muitos sonhos são projetados nessa prova que decide um dos passos mais significativos na vida estudantil. Neste primeiro fim de semana, os participantes irão responder as questões de linguagens, ciências humanas e redação. No próximo, dia 12, é a vez de matemática e de ciências da natureza.

Com a concorrência, muitos candidatos não tiraram folga dos estudos nem aos finais de semana, como é o caso da estudante Mikaele Modesto, 21 anos, de Belém. Segundo a estudante, ela começou o projeto quando realizou o Enem como treineira, no ano de 2019, desde então manteve um ritmo intenso de preparação para o “projeto medicina”.

Mikaele vai fazer a prova pela quarta vez este ano. Ela fala sobre como o medo, que tantos alunos sentem da prova, se distanciou dela após os anos de experiência. “Meu objetivo é ser aprovada em Medicina, curso que escolhi quando criança. Durante os anos em que fiz a prova, consegui pontuação boa, certeza que este ano não será diferente”, afirma.

Já o candidato Caio Takemura, 20 anos, de Belém, fez o Enem quatro vezes, conseguindo aprovação em vários cursos, mas não o desejado. Esse ano intensificou a rotina de estudos e conta que, além de fazer o cursinho preparatório, estuda em casa e participa de grupos de estudos. Agora, ele acredita que vai conseguir a vaga em medicina.

“Venho numa evolução significativa. Desde o primeiro eu venho numa crescente e eu me baseio nisso. Cada ano, quanto mais eu me preparo, mais a minha nota vai aumentando. Este ano vou consertar os detalhes para conseguir fechar e conseguir a vaga em medicina”, diz.

Caio afirma que essa é uma fase da vida que é marcada por estresse, mas é boa. “Nessa reta final, a parte mais difícil é segurar a barra das pressões. É a hora de a gente se provar, mostrar por que estudou tanto. Sempre vão ter outras oportunidades, mas o foco é agora”, diz Caio Takemura. 

“Eu sei que tenho que lidar com muitas expectativas familiares, mas a pior das pressões é a interna: “será que vou conseguir cumprir minha expectativa sobre meu desempenho? E se eu não conseguir, o que farei?”, comenta.

O professor de história Emerson Soares, conta que existem quatro pontos em que o aluno pode ter grandes problemas e que deve levar em consideração.

“Primeiro, o conteúdo. Ele tem que ter muito bem organizado todo o conteúdo, de maneira cronológica, estudado ao longo do ano passado, e muita atenção a erros básicos que o aluno acaba cometendo na hora da prova. Além disso, desequilíbrio emocional e falta de estratégia de tempo. O aluno deve se atentar ao conteúdo, à sua atenção, à questão emocional e à boa estratégia de tempo para resolução. Sendo assim, ele vai utilizar toda a estratégia já adotada por ele ao longo dos anos anteriores. Ele tem que fazer a mesma coisa. Não existe uma fórmula pronta. O que existe, sim, é toda a experiência vivenciada por esse aluno, que vai fazer toda a diferença”, finaliza.

Estratégia

Além do conteúdo, Mikaele revisa técnicas de resolução do exame. “A primeira coisa que faço é olhar o tema da redação e fazer um planejamento do texto, depois vou para a área de humanas, que é o que tenho mais facilidade, e então, linguagens, sempre intercalando com a redação”.

Caio segue a estratégia de, primeiramente, ler a prova inteira, enquanto marca as questões que lhe parecem fáceis e difíceis. “Aí retomo do começo, resolvendo as que marquei como fáceis, pensando na Teoria de Resposta ao Item. Se você acertar apenas as questões difíceis e errar as fáceis, a correção considera sua resposta como um chute, então tento me concentrar em acertar todas as fáceis”, explica.

Sobre a prova

O Enem é caracterizado por ser uma prova longa, que exige do candidato uma atenção e dedicação maior. A prova é composta por 180 questões objetivas, sendo 90 em cada dia. São 45 itens para cada área de conhecimento.

Cada questão tem uma pergunta com cinco alternativas, sendo apenas uma verdadeira. Aplicado em dois domingos consecutivos, o Enem é aplicado somente de forma impressa, embora a versão digital da prova tenha sido testada por três anos.

️ Datas das provas

5 de novembro

45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol); 45 questões de ciências humanas; e redação.

12 de novembro

45 questões de matemática; e 45 questões de ciências da natureza.

Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):

Abertura dos portões: 12h

Fechamento dos portões: 13h

Início das provas: 13h30

Término das provas no 1º dia: 19h

Término das provas no 2º dia: 18h30

O candidato só poderá sair com o Caderno de Questões nos últimos 30 minutos.

Unidade da Federação – número de inscritos no Enem 2023

1. São Paulo: 590.770
2. Minas Gerais: 358.597
3. Bahia: 324.283
4. Rio de Janeiro: 282.313
5. Ceará: 241.978
6. Pará: 229.180
7. Pernambuco: 218.867
8. Paraná: 166.514
9. Maranhão: 165.769
10. Rio Grande do Sul: 159.734
11. Goiás: 149.122
12. Paraíba: 124.519
13. Rio Grande do Norte: 100.712
14. Piauí: 99.644
15. Amazonas: 92.924
16. Santa Catarina: 91.261
17. Alagoas: 82.762
18. Espírito Santo: 73.734
19. Distrito Federal: 72.982
20. Sergipe: 65.538
21. Mato Grosso: 63.924
22. Mato Grosso do Sul: 47.470
23. Rondônia: 36.042
24. Tocantins: 32.620
25. Amapá: 28.814
26. Acre: 24.278
27. Roraima: 9.641

Fonte: O Liberal

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