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Produtores de Medicilândia participam da disputa pelo melhor cacau do mundo

A cerimônia do Cocoa of Excellence, no próximo dia 8, na Holanda, integra a missão paraense que busca potencializar e divulgar o cacau do Estado

O Pará será representado pelos produtores Robson Brogni e Míriam Federicci Vieira, de Medicilândia, no sudoeste do Estado. | Foto: divulgação
O Pará será representado pelos produtores Robson Brogni e Míriam Federicci Vieira, de Medicilândia, no sudoeste do Estado. | Foto: divulgação
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Apresentar as potencialidades e divulgar o cacau produzido no Pará é o objetivo da Missão Amsterdã 2024, na Holanda, que contará com a participação de representantes do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e de produtores locais. A equipe conta, também, com a participação de um representante da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Além da participação no “Amsterdã Cocoa Week”, a missão acompanhará, no próximo dia 8, a grande final do Concurso de Melhor Amêndoa do Mundo, premiação denominada de Cocoa of Excellence (Cacau de Excelência), onde concorrem dois produtores do Pará e um da Bahia.

O Pará será representado pelos produtores Robson Brogni e Míriam Federicci Vieira, de Medicilândia, no sudoeste do Estado. O cacauicultor Luciano Ramos de Lima, de Ilhéus, no sul da Bahia, também concorre na premiação mundial.

Miriam Federicci Vieira( na foto ao lado do marido) é uma das finalistas à premiação |Foto: divulgação

O Cocoa of Excellence é uma plataforma global única que descobre, reúne, promove e recompensa produtores de cacau de excelência de todas as origens produtoras pela qualidade superior do cacau e diversidade de sabores. Participaram da seleção 222 amostras de grãos de cacau de 52 países, entre os quais o Brasil.

A participação dos produtores e da equipe técnica é financiada através dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). A equipe será liderada pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, que fará uma apresentação sobre a cacauicultura no Estado do Pará durante a reunião da Fundação Mundial de Cacau no dia 8 próximo.

Robson Brogni também concorre na próxima quinta-feira à premiação |Foto: divulgação

Potencialidades

O coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau) da Sedap, engenheiro agrônomo Ivaldo Santana, informou que a comitiva paraense estará participando não apenas da premiação como da programação paralela.

“A programação principal dessa equipe é acompanhar o Concurso Mundial de Melhor Amêndoa do Cacau, três produtores do Brasil – sendo dois do Pará – foram selecionados. Nós estamos levando esses produtores e a equipe para participar dessa importante programação, e o Pará terá a oportunidade de mostrar as potencialidades do nosso cacau, nossa equipe participará da feira do chocolate e do cacau além de encontros técnicos. A gente espera divulgar bem o nosso Estado, visando o comércio de amêndoa de cacau”, enfatizou Santana.

O Pará, segundo repassou o engenheiro agrônomo, produz em média 140 toneladas de cacau por ano – o que mantém o Estado como o maior produtor do fruto no Brasil. “A gente tem que colocar essa amêndoa fora do Brasil, alcançando logicamente melhores preços”, observou Santana.

Conforme observou o coordenador do Procacau, a parceria entre as instituições de diferentes esferas governamentais tem sido de fundamental importância para o alcance de bons resultados. “A gente não credita esse feito apenas a nossa equipe, mas às instituições que lidam com essa cultura, como a Ceplac e Embrapa que fazem a pesquisa, a Emater e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que fazem a assistência técnica; essas instituições apoiadas com recursos do Funcacau, levam os produtores e técnicos para participar dessas missões, quer sejam nacionais ou internacionais”, ressaltou Santana.

A participação em eventos de renome, como é o caso do Salão de Paris, na França, do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau em Ilhéus, ou em Altamira e Belém, por exemplo, acaba incentivando a produção de amêndoas com maior e melhor qualidade, como observou o engenheiro agrônomo. “O mercado existe, e, principalmente este ano em que o preço da amêndoa nunca atingiu um valor tão alto (entre R$ 22,00 a R$ 24,00 o quilo), e nós estamos aproveitando a maré alta para comercializar a amêndoa dos nossos 30 mil produtores do Estado”, enfatizou o coordenador do Procacau.

Fonte: Agência Pará

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