O principal suspeito de um homicídio que ocorreu em 2020 no Arquipélago do Bailique, no estado do Amapá, foi preso após passar cerca de quatro anos escondido na zona rural do município de Trairão, no sudoeste do Pará. Conforme a Polícia Civil, o investigado estaria usando um nome falso para não ser identificado e foi detido na segunda-feira (19/08), durante uma ação policial.
Segundo as informações da PC, a vítima assassinada foi identificada como Taiana Pantoja dos Santos, que tinha 26 anos na época do crime. O suspeito, que era ex-cunhado da vítima, teria desenvolvido um sentimento amoroso por ela e não foi correspondido. No dia do crime, que ocorreu na Comunidade de Ilhinha, em Bailique, distrito de Macapá, a mulher foi morta com golpes de facão na frente de um dos filhos, que tinha dois anos.
Ainda segundo as investigações da PC, após o crime o suspeito teria forjado a própria morte para poder fugir do Amapá. Ele teria afundado o próprio barco e ainda chegou a ser considerado morto. No entanto, familiares do investigado denunciaram que tudo seria uma farsa e o homem teria saído do Estado. Desde então iniciaram as buscas pelo principal suspeito.
Captura
As autoridades policiais do Pará agiram em parceria com a PC do Amapá para prender o suspeito. A captura do investigado ocorreu durante a operação Shamar, que contou com intensas buscas realizadas entre as duas PCs. O suspeito chegou a ser considerado um dos foragidos mais procurados do Estado.
De acordo com as investigações, o suspeito dificultou a localização pois, após se instalar em uma comunidade indígena de Trairão, às margens do rio Tapajós, ainda teria mudado de nome e passado a trabalhar na extração de palmito. Nenhum morador o conhecia pelo nome verdadeiro.
Dia do crime
Taiana Pantoja dos Santos trabalhava com vendas e morava em Macapá, mas sempre viajava ao Bailique, já que também era professora. O suspeito teria chegado ao local e dito que ia ‘acertar as contas’ com a vítima. Taiana foi atacada pelas costas com o facão. Familiares da mulher relataram que o suspeito teria aguardado os homens da comunidade saírem em atividade externa, para evitar alguma represália. A vítima deixou quatro filhos.
O suspeito foi recambiado ao Amapá e por já ter sido custodiado no Pará foi encaminhado direto ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A ação foi realizada pela PC do Amapá, por meio do Núcleo de Capturas e Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, e a PC do Pará, com auxílio da Polícia Militar do PA e o Núcleo de Capturas da Polícia Federal.
Com informações de O Liberal