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Agricultores denunciam ataque de grupo armado em um lote de terra em Anapu no Pará

Grupo armado teria incendiado casas no local, onde vivem 54 famílias. O lote está situado em uma área de disputa entre agricultores e grileiros.

Foto: Reprodução vídeo Whatsapp
Foto: Reprodução vídeo Whatsapp
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O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quarta-feira (11) que apura denúncia sobre um ataque contra famílias em um lote de terra em Anapu, no sudoeste do Pará, às margens da rodovia Transamazônica.

Segundo a denúncia, durante a tarde desta quarta homens fortemente armados chegaram no lote 96, da gleba Bacajá, para cumprir uma reintegração de posse. Eles teriam incendiado casas no local, onde vivem 54 famílias. O lote está situado em uma área de disputa entre agricultores e grileiros.

Segundo uma das vítimas, os homens armados também pegaram os celulares dos familiares que estavam gravando as ações.

O MPF disse que a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal foram acionadas “para que tomem medidas no local com urgência, diante da gravidade das denúncias, com o objetivo de resguardar a integridade física dos moradores e a apuração dos fatos”.

O Ministério Público do Estado do Pará, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Pará (Segup) e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) também foram acionados para reforço da segurança no local. As reintegrações de posse estão suspensas no país inteiro por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informou que a situação que ocorre em Anapu é de competência dos órgãos federais, pois é uma área de responsabilidade da União. Entretanto, equipes das Polícias Militar e Civil já estão no município para dar apoio e agir dentro de suas atribuições.

Lote 96

A terra em disputa é uma área pública federal. O possível dono teve o título de propriedade cancelado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a pedido do MPF, em ação civil pública.

A área está em processo para se tornar um assentamento de reforma agrária. No local, já foi feita vistoria no imóvel, com confecção de um laudo agronômico de fiscalização.

Segundo o MPF, uma das lideranças das famílias moradoras está no programa de proteção a defensores de direitos humanos, por causa de ameaças à sua vida.

Fonte: G1 Pará

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