Alexandre de Moraes suspende pagamento de pensões a familiares de ex-políticos no Pará

Decisão ocorreu na última quinta-feira (25). Familiares de um ex-sindicalista também teve benefício suspenso. Pedido foi feito pelo Governo do Pará.

Foto: Supremo Tribunal Federal
Foto: Supremo Tribunal Federal
Continua após a publicidade

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na última quinta-feira (25) decretos e leis do Pará que concederam pensões especiais a familiares de ex-ocupantes de cargos políticos (deputados federais, estaduais e vereadores) e de um ex- sindicalista.

Alexandre de Moraes atendeu a um pedido do Governo do Pará. Na decisão, o ministro ressaltou que o STF tem uma série de decisões que reconhecem como inconstitucional esse tipo de benefício. Ao todo, 14 pessoas tiveram suas pensões suspensas.

NotíciasRelacionadas

“O perigo de dano, de outro lado, refere-se ao fato de o Erário Estadual continuar tendo de custear pensões especiais que, conforme já reconhecido em inúmeros precedentes da Corte, são incompatíveis com a Constituição Federal, causando aos cofres do Estado do Pará um prejuízo financeiro de difícil reversão, considerada a natureza da verba e a boa fé dos beneficiários dos pagamentos em questão”, afirmou Moraes na decisão.

O ministro ressaltou ainda que o STF tem prerrogativa legal para tratar assuntos inconstitucionais de decreto e leis emitidos e assinados nos estados.

“O Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência firme no sentido de serem inconstitucionais previsões editadas por entes subnacionais prevendo qualquer espécie de pensionamento vitalício, seja para ex-agentes políticos, seja para os respectivos parentes, sob fundamento de que tais previsões materializam tratamento privilegiado, ofensivo ao princípio republicano, da isonomia, da razoabilidade, da moralidade e da impessoalidade”, explicou.

Na decisão, Moraes deu prazo de 10 dias para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) cumprir a decisão. Após o prazo, Advogado-Geral da União e Procurador-Geral da República, têm cinco dias para a manifestação definitiva sobre o mérito da ação.

A Procuradoria-Geral (PGE) esclareceu que a ação foi proposta pelo Governo do Estado, ao ser constatada a existência de diversos pagamentos realizados em desacordo com a ordem jurídica. A PGE informou ainda que os pagamentos serão imediatamente cortados, em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a Alepa informou que ainda não foi intimada no processo, assim que acontecer irá se manifestar.

Fonte: G1 Liberal

Compartilhe essa matéria:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

RelatedPosts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar conteúdo desta página