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Altamirense recorre às redes sociais em busca de vaga no Regional

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Acompanhando o pai, internado há quase 7 meses no Hospital Ophir Loyola, em Belém, a jovem Deborah Santos recorreu as redes sociais essa semana para pedir a ajuda das autoridades e da população. Ela e a família moram em Altamira, no sudoeste do Estado, mas por causa do tratamento de saúde do pai, Inácio de Loyola Silva Júnior, que tem um quadro de saúde grave e precisa fazer sessões de hemodiálise, eles precisaram se deslocar para Belém em 2018, já que aqui não havia resolutividade para o seu caso, mas ainda não retornaram à Altamira, e o fato de estar fora de casa tem debilitado ainda mais a saúde de seu Inácio.

Em um desabafo na internet, Deborah conta que eles descobriram que o pai poderia retornar para o município se surgisse uma vaga no Hospital Regional da Transamazônica para ele fazer a hemodiálise. Essa vaga teria surgido, mas segundo ela,  foi encaminhada para outro paciente. “Fui orientada e procurei o Ministério Público,  e estava esperando por meio da justiça ser liberada a cadeira. Na semana passada descobrimos que a cadeira foi liberada, porém a assistência social do hospital regional que é o hospital de referência pro tratamento de meu pai, repassou a cadeira pra outro paciente, sob alegação de que ele não estava em Altamira. Isso nos entristeceu e abalou demais. Não há possibilidade de retornarmos pra casa se não houver esta cadeira. Não há condições da liberações aqui se a cadeira não estiver vaga”, disse em sua rede social.

Ainda em seu desabafo na internet, Déborah fez um apelo “O que nós queremos é que se faça valer o que é de direito dele. Precisamos que o Hospital Regional se pronuncie a respeito disso e resolva a situação.  Isso é um descaso com  um paciente que vive uma situação difícil e ainda tá tendo seu direito , adquirido, privado”.

A equipe do Jornal A Voz do Xingu entrou em contato com o Hospital Regional da Transamazônica para solicitar um posicionamento sobre a situação citada por Deborah. Eles encaminharam uma nota a nossa redação que afirma que o Hospital não faz a regulação das vagas, ou seja, não escolhe o paciente que vai ocupar uma cadeira. “O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT) informa que a regulação de vagas é realizada pela Central de Regulação do Estado. Portanto, não procede a informação que sugere qualquer tipo de interferência do hospital na definição de vagas para pacientes”, diz a nota.

A Direção da Secretaria Executiva de Saúde Pública, SESPA Altamira, também foi procurada pela nossa redação. Eles encaminharam um oficio, afirmando que já tomaram conhecimento de que a família do paciente tem a pretensão de retornar para Altamira, para continuar o tratamento em Altamira, porém o Hospital Regional está com sua capacidade de atendimento no limite máximo, sem disponibilidade, por agora, de um leito para hemodiálise. Na nota, a Sespa também explica que considerando a dificuldade de se transferir o paciente agora para Altamira, por falta de vaga, a acompanhante foi instruída a procurar um médico de assistência social do Hospital Ophir Loyola para emitir um laudo de Tratamento Fora de Domicílio, TDF, para ser anexado ao processo do paciente, que ficará no aguardo da vaga.

Texto: Valéria Furlan – A Voz do Xingu

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