Um banhista foi detido na tarde deste sábado (10/5), após desacatar uma equipe do Corpo de Bombeiros que fazia a segurança na praia artificial, localizada na orla da cidade de Altamira, sudoeste do Pará.

Foto: Wilson Soares
De acordo com informações preliminares, o caso ocorreu por volta das 16h, quando um homem, que consumia bebidas alcoólicas com dois amigos, decidiu entrar no rio e nadar até as boias que delimitam a área de tráfego de embarcações. Ao perceber a ação, um guarda-vidas alertou o grupo de que o acesso àquela área era proibido.
O banhista, que inicialmente se identificou como estrangeiro, reagiu de forma agressiva, afirmando que as leis brasileiras não se aplicavam a ele. Mesmo após nova advertência, ele passou a filmar os Bombeiros, conversar em inglês ao telefone com outra pessoa e proferir palavras de baixo calão.
Diante da recusa em acatar as orientações, o homem foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, onde os Bombeiros registraram um boletim de ocorrência. Na delegacia, foi constatado que o suposto “gringo” possuía nome e identidade brasileiros.
A presença de equipes de resgate na praia artificial foi reforçada após uma reunião emergencial realizada no início da semana entre autoridades municipais, em razão do aumento de ocorrências no local. Nos últimos 30 dias, dois jovens morreram afogados na mesma área onde o banhista foi detido neste sábado.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu
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O tal “estrangeiro” fui eu!
Caso houvessem cumprido com as determinações éticas do jornalismo, que pede para o jornalista ouvir TODOS OS LADOS poderiam ter acesso ao meu documento de identidade (passaporte) para constar que, de fato, tenho cidadania internacional.
Mesmo assim, não utilizei-me disso para “violar lei” alguma. Só perguntei se é Lei que um salva-vidas pode dar voz de prisão em banhista que esteja nadando no rio. Nunca ouvi falar disso em nenhuma parte o mundo. Um absurdo e péssimo para o turismo na cidade saber que qualquer acontece esse tipo de abuso.
Por sinal, estava também acompanhando por outros dois estrangeiros no momento da prisão – que não foram ouvidos nem mesmo pelos jornais até me difamam. Bebemos 3 cervejas (não estávamos embriagados). Não houve qualquer desacato – somente meu desejo (garantido por lei) de saber qual determinação me impede de nadar no Rio Xingu e o nome de quem impôs essa voz de prisão. Não ofereci resistência, nem usei de palavras de baixo calão, como sugere w reportagem. Fui conduzido sem resistência, já falando ao telefone com o meu advogado no exterior, para que alertasse a embaixada. Sendo negado o pedido de identificação e a razão da prisão, fui obrigado a fotografar o salva-vidas que me acusou.
Sou nadador profissional e não desobedeci nada – até porque nadei dentro dos limites, algo que faço rotineiramente desde que cheguei na cidade, e não sou o único. Tudo mundo nada até a bóia. A voz de prisão ocorreu após já ter nadado. Não houve nenhuma orientação antes disso. Bandeira Vermelha não impede o banho, é só um mecanismo de alerta!
Estou escrevendo para este jornal para pedir um direito de resposta. Aguardo uma resposta do editor.