Uma cooperativa de agricultura familiar em Igarapé-Miri foi invadida por criminosos no último fim de semana. Na noite de sexta-feira (22), três homens invadiram a casa da secretária financeira da Cooperativa Caipim, especializada no cultivo de açaí, e mantiveram sua família refém por cerca de 13 horas.
A invasão ocorreu por volta das 19h. Na residência estavam a secretária, seu esposo, o irmão dela, uma criança de 9 anos e um bebê de colo, com menos de um ano. Segundo o presidente da cooperativa, Leubaldo Costa, durante toda a noite os criminosos intimidaram a família, obrigando a secretária a fazer transferências via Pix para contas indicadas por eles, além de roubarem diversos pertences da casa.
Os criminosos só deixaram a residência no sábado pela manhã, por volta das 8h, mas as ameaças não cessaram. Eles continuam exigindo novos pagamentos, gerando temor na família e na cooperativa.
“Nossa vida virou do avesso. Estamos apreensivos, temos que continuar trabalhando porque não temos como parar, mas, ao mesmo tempo, não sabemos se eles vão voltar”, relatou à reportagem do Amazônia o presidente da cooperativa. Ele falou por telefone sobre o impacto do crime na comunidade e nos negócios da organização.
Costa estava em Belém no momento do ocorrido e retornou às pressas ao município quando foi informado. “No sábado, quando cheguei, já tinham registrado a ocorrência na delegacia da cidade. No domingo passei mais algumas informações aos policiais, que falaram que iam tocar a investigação para localizar os criminosos. Ainda não sabemos de nada. Aguardamos que a justiça seja feita, que consigamos ter um pouco mais de tranquilidade para continuar nossa rotina”, afirmou.
A dimensão do prejuízo financeiro ainda está sendo apurada. “Foram várias transferências. Eles pediam para transferir para várias contas. Ainda não conseguimos detectar o quanto que eles conseguiram levar. Nossa secretária ainda não conseguiu ir ao banco resolver tudo isso, mas foi um valor considerável que roubaram da conta da cooperativa”, detalhou o presidente.
Apesar de não haver registro de violência física, os danos psicológicos foram profundos. Segundo Costa, a família está muito abalada.
Fonte: O Liberal